sexta-feira, setembro 20, 2024
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Lançamento do foguete europeu Ariane 6 fica incompleto; entenda

O foguete Ariane 6 completou seu voo inaugural nesta segunda-feira, 9, mas a missão não foi totalmente bem-sucedida. O lançador europeu permaneceu em órbita sem liberar todas as cargas úteis planejadas.

O foguete decolou da Guiana Francesa, às 16h (horário de Brasília), observado por um jato de combate Rafale. Mesmo sem ser uma missão comercial, a pesquisa implantou três conjuntos de microssatélites.

Philippe Baptiste, chefe da agência espacial do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França, comemorou o lançamento, mesmo com os erros. Ele deu a declaração durante videoconferência para a Agência Espacial Europeia (ESA) em Paris. “A Europa está de volta ao espaço.”

“Tivemos uma anomalia”, disse Tina Buchner da Costa, arquiteta do sistema de lançamento, em relação a uma falha no sistema de potência do motor da nave. “Provavelmente não vamos concluir esta parte da missão como esperávamos.”

A falha motiva uma investigação de engenharia, mas a ESA mantém o plano de um segundo voo até o fim do ano. O Ariane 6, desenvolvido pela ArianeGroup, teve um custo de aproximadamente € 4 bilhões (cerca de R$ 23,46 bilhões).

Europa estava sem foguete

Desde a aposentadoria do Ariane 5, a Europa estava sem meios próprios de lançar satélites. A Europa vê o Ariane 6 como crucial para a sua independência espacial.

“O Ariane 6 é fundamental para a ambição espacial da Europa”, disse Toni Tolker-Nielsen, diretor interino de transporte espacial da ESA. A Europa foi forçada a usar o Falcon 9 da SpaceX para algumas missões.

Em 2014, a ESA decidiu desenvolver o Ariane 6 para competir com a SpaceX, empresa de Elon Musk. O foguete europeu enfrentará desafios para se tornar economicamente viável, mesmo com o apoio financeiro recente das nações patrocinadoras.

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O Ariane 6 tem 29 missões planejadas, o que inclui 18 lançamentos para a constelação de internet Kuiper, da Amazon. A SpaceX, por sua vez, realizou 96 lançamentos, em 2023, e quase 70 até agora, em 2024, a maioria para seus próprios satélites Starlink.



Via Revista Oeste

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