A cantora Lady Gaga, 38, adiantou, em entrevista à Vogue norte-americana, que seu próximo álbum retomará algumas das características presentes no início de sua carreira e apresentará uma sonoridade mais puxada para o dark-pop. A expectativa é de que haja muito dos discos “The Fame Monster” e “Born This Way” no novo projeto da norte-americana.
Na conversa publicada na quinta-feira (20), a voz de “Shallow” e “Bad Romance” promete uma mistura de gêneros e revelou que, na busca por celebrar suas referências musicais, acabou por aflorar no álbum suas primeiras conexões com a música. Por isso, argumenta ela, predomina no disco uma pegada mais sombria.
“Quando escrevo, produzo e canto músicas, estou sempre recorrendo ao meu conhecimento da história da música e de tantos artistas e produtores que vieram antes de mim. Nesse sentido, este álbum é uma celebração de muita música que me tornou quem sou, porque quando voltei a um estilo pop mais sombrio, todas as minhas primeiras experiências com a música vieram à tona”, explicou.
“O álbum é caótico do ponto de vista do gênero — é um gênero híbrido. É um olhar profundamente pessoal para minha mente como produtora e a maneira como penso sobre música.”
Gaga adiantou ainda que seu novo álbum manterá a mistura de instrumentos ao vivo com programação eletrônica que apresentou ao longo de sua carreia, com destaque para seu último disco “Chromatica”. Nas letras, a estrela de “Coringa: Delírio A Dois” pretende mostrar novamente a dualidade entre lidar com seu caos interno e uma vontade genuína de se jogar em uma pista de dança.
“Cada música é um exercício de caos pessoal – uma maneira de lidar comigo mesma”, declarou “O álbum não é extremamente sério, porque é muito divertido e destinado a ser apreciado em uma festa, em um clube ou em casa. É um momento para se divertir, para se livrar de suas preocupações em casa ou ao caminhar pela vida.”
Terceira versão de “Disease”
A nova-iorquina lançou, na quarta-feira (20), uma terceira versão de “Disease”, música que marca seu retorno solo ao pop. Além da canção original, Gaga também já havia disponibilizado nas plataformas de streaming uma versão acústica em que sua voz é acompanhada de piano — tocado por ela — e por um violão.
A nova versão, chamada de “The Poison Live” mostra Lady Gaga cantando ao vivo acompanhada apenas por uma guitarra tocada por Tim Stewart, que trabalha com ela desde a era “Born This Way” e é casado com Sarah Tanno — maquiadora de longa data da cantora. Na entrevista à Vogue, a dona de 13 Grammy Awards explicou que quis ir mais fundo e trazer à produção musical um poco mais da dor carregada na letra, com muita tensão. Segundo ela, a versão acústica era mais delicada.
“Com a guitarra elétrica, há uma sensação de diversão que encontrei na tortura das letras, e algumas das escolhas de Tim com as inversões de acordes deram uma sensação de ‘dor’, e eu achei isso realmente interessante e algo que eu não havia descoberto antes”, disse.
“Cantei e interpretei a música dessa maneira, onde estou realmente tocando na minha própria dor. De certa forma, acho que cantei tanto para mim mesma quanto para alguém que senti que machuquei — alguém que eu gostaria de mudar — o que, suponho, poderia ser eu também.”
Ouça “Disease (The Poison Live)”, de Lady Gaga
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