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A 2,4 km abaixo do solo, na província chinesa de Sichuan, funciona o laboratório mais profundo do mundo. O Laboratório Subterrâneo China Jinping (CJUL) começou suas operações em 2023, e, além de ser oficialmente o mais profundo, ele também é o maior laboratório subterrâneo do mundo, com uma área de 330 mil metros cúbicos ao todo.
Entenda:
- Localizado a 2,4 km abaixo do solo, o Laboratório Subterrâneo China Jinping (CJUL) é o mais profundo do mundo;
- Além disso, ele também carrega o título de maior laboratório subterrâneo do mundo, com 330 mil metros cúbicos;
- As pesquisas do CJUL são destinadas a desvendar um dos maiores mistérios do Universo: a matéria escura;
- O laboratório serve como centro de pesquisa para diversos experimentos diferentes sobre a matéria desconhecida;
- Apesar de ainda não terem detectado sinais diretos, os cientistas reforçam que o laboratório é “um grande salto” na busca por informações sobre a matéria escura.
A grande missão do CJUL é desvendar os mistérios da matéria escura – e uma das melhores formas de investigá-la é no subsolo. Isso porque, abaixo da terra, os laboratórios ficam protegidos de raios cósmicos e outros tipos de radiação que atingem a superfície e provocam falsos sinais nos detectores de matéria escura.
Laboratório chinês é lar de diversas pesquisas sobre matéria escura
Para protegê-lo do radônio presente no subterrâneo, o laboratório é revestido por materiais especiais capazes de bloquear até 99% do gás. A taxa de raios cósmicos no CJUL é inferior a 0,2 múons/m2/dia, o que faz com que seja o laboratório subterrâneo mais bem protegido até então e, claro, o torna o mais promissor na busca por informações sobre a matéria desconhecida.
Até o momento, os cientistas do CJUL ainda não detectaram diretamente nenhum sinal de matéria escura, mas o laboratório é responsável por abrigar vários projetos de pesquisa e diferentes experimentos que, no fim, estão em busca da mesma coisa: decifrar um dos maiores segredos do Universo.
“Quer encontremos matéria escura ou não, cada passo que damos é um avanço em direção ao desconhecido, então cada pequeno passo em frente é um grande salto”, explica Liu Jianglai, cientista-chefe do grupo PandaX – um dos projetos de pesquisa do CJUL -, em comunicado da Universidade Tsinghua.