O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) solicitou a abertura de uma investigação na Polícia Federal (PF) contra o também deputado Glauber Braga (Psol-SP). O documento assinado por seus advogados foi encaminhado ao órgão nesta terça-feira, 23.
“Antes de adentrarmos aos fatos que legitimam a presente notitia criminis”, inicia Kim Kataguiri na solicitação à PF. “Coloque-se que no último dia 16 de abril de 2024, ocorria na Câmara dos Deputados a análise do Projeto de Lei Complementar 22/2024, que trata sobre a regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativo.”
Kim Kataguiri esclareceu que na ocasião, o deputado psolista se envolveu em uma briga violenta com Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), que estava na Casa Baixa para acompanhar a análise do projeto de lei dos motoristas de app.
Afirmou que Glauber Braga “iniciou inúmeras ofensas contra o integrante do MBL”. Kataguiri declarou que o psolista ficou “inconformado com a postura de Costenaro”, que diante de “humilhações, xingamentos e difamações proferidas, não deixou a casa legislativa, não se intimidou.”
“E ainda, não adotou qualquer postura combativa em desfavor de Glauber Braga. De modo desproporcional e sem razão, o averiguado investiu violentamente contra o membro do MBL, com chutes, empurrões, entre outros”, explicou Kim Kataguiri.
‘Defensor do nazismo’
Depois de protagonizar a briga com o membro do MBL, Glauber Braga foi gravado em discussão com Kim Kataguiri. Em imagens compartilhadas, é possível ver o psolista agarrando a roupa do deputado do União Brasil em meio à discussão.
“Representamos em razão da gravidade das acusações dele”, afirmou Kim Kataguiri a Oeste. “A acusação de nazismo é uma das coisas mais graves que se pode acusar um ser humano. Dois colegas dele já foram condenados por esse tipo de acusação, tanto o ex-deputado Jean Wyllys como o deputado Ivan Valente.”
Kim Kataguiri disse não ter “dúvidas” de que a Justiça permanecerá com “o mesmo entendimento diante da conduta do deputado Glauber” que cometeu “crime ao me imputar essa conduta absolutamente abjeta.”
No pedido encaminhado à Polícia Federal, o parlamentar declarou que Glauber Braga teria cometido o crime de difamação e injúria em sua forma agravada, pois as “ofensas atingem tanto a honra objetiva quanto subjetiva da vítima.”
“Essa conduta precisa ser repreendida porque a imunidade parlamentar não serve para proteger cometimentos de crime. Você é livre para se expressar, desde que não se impute condutas criminosas a outras pessoas e é exatamente isso que o deputado Glauber fez e é por isso que deve ser condenado”, acrescentou Kim Kataguiri.