A atual vice-presidente e candidata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, planeja aumentar o imposto sobre empresas de 21% para 28% — se vencer a eleição em novembro. Essa medida tem o objetivo de aumentar as receitas governamentais.
A proposta, anteriormente apresentada pelo presidente Joe Biden, contrasta fortemente com o plano de Donald Trump, que sugere reduzir a taxa de imposto corporativo para 15%.
“O plano de Kamala Harris é um ato fiscal responsável de colocar dinheiro de volta nos bolsos dos trabalhadores e garantir que bilionários e grandes corporações paguem sua parte justa,” disse um porta-voz da campanha da democrata.
Os planos econômicos de Kamala Harris
Kamala Harris detalhou seus planos antes de se tornar oficialmente a candidata do Partido Democrata na convenção em Chicago, nesta semana. Se adotada, a taxa de imposto corporativo dos EUA seria mais alta que a do Reino Unido, de 25%.
Na semana passada, a candidata anunciou que pretende reduzir impostos para a classe média e aumentar incentivos para compradores de imóveis pela primeira vez. Ela também quer proibir a “exploração de preços” por empresas de alimentos e supermercados.
Os efeitos da proposta nos EUA
Apesar de o aumento na taxa de imposto corporativo poder gerar receitas para o governo financiar outros programas, os empresários terão menos incentivos para a aumentar a produção.
A decisão de Kamala Harris ocorre antes de uma provável batalha no Congresso sobre o término dos cortes de impostos de 2017. Esses cortes reduziram a taxa de imposto corporativo de 35% para 21%.
A consultoria Business Roundtable estimou que a reforma tributária de Trump trouxe de volta US$ 2,5 trilhões de ganhos internacionais. A menos que os democratas recuperem a Câmara dos Representantes e mantenham o controle do Senado, Kamala Harris enfrentará dificuldades para implantar o aumento por causa da oposição republicana.