sexta-feira, janeiro 10, 2025
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Justiça revoga mandado de prisão contra ‘Rainha do Pó’

A Justiça Federal em Santos revogou um mandado de prisão contra Karine Campos, conhecida como “Rainha do Pó”. A decisão foi do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O site Metrópoles divulgou a informação nesta quinta-feira, 9.

O ministro anulou uma ação de busca e apreensão da Operação Alba Vírus, realizada pela Polícia Federal em Balneário Camboriú (SC). A operação tinha como alvo o grupo criminoso liderado por Karine Campos. A decisão foi ratificada pela Quinta Turma do STJ, que considerou irregular a busca em uma imobiliária.

De acordo com o Dantas, a ação foi conduzida de maneira inadequada. Isso levou à anulação dos efeitos da operação e à proibição do uso do material coletado como prova. Além disso, o mandado de prisão contra Karine foi cancelado até a conclusão do processo.

“Por fim, tendo em vista o retorno dos autos à primeira instância, determino a expedição de contramandado de prisão ou alvará de soltura clausulado em favor da paciente até o trânsito em julgado da ação penal”, disse Ribeiro Dantas.

Karine Campos é apontada como a responsável pela maior exportação de cocaína por via marítima no Brasil. Ela foi condenada a 17 anos de prisão em 2020. Apesar da revogação do mandado, ela ainda enfrenta outra ordem de prisão emitida pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte.

Rainha do Pó teria tentado subornar juiz

Rainha do Pó
Karine Campos, conhecida como Rainha do Pó | Foto: Divulgação/PF

O grupo liderado por Karine também foi alvo da Operação Habeas Patter, conduzida pela Polícia Federal, em 2023. A ação investigou o pagamento de R$ 3,5 milhões para obter uma decisão judicial favorável de Cândido Ribeiro, então juiz federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O juiz aposentou-se por invalidez em 2023.

A investigação começou depois da apreensão de 175 quilos de cocaína em Lisboa, capital portuguesa. A droga foi supostamente traficada por associados de Karine. A Polícia Federal usou mensagens interceptadas e dados para mapear a tentativa de familiares da traficante de contratar advogados que garantissem sua soltura.

Durante as investigações, descobriu-se que o filho do juiz teria proposto um pagamento de R$ 3,5 milhões em troca de um alvará de soltura. O pagamento poderia ser feito depois da liberação da traficante.

Karine Campos está foragida desde 2021, quando o STJ transformou sua pena em regime fechado para prisão domiciliar. A justificativa foi a necessidade de cuidar de seus dois filhos menores.

Via Revista Oeste

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