O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) autorizou nesta terça-feira, 25, a quebra do sigilo telefônico do rapper Oruam, filho do traficante e assassino Marcinho VP. A polícia do Rio de Janeiro deteve Oruam nesta quarta-feira, 26. O motivo da prisão foi um flagrante de favorecimento pessoal, quando alguém auxilia um criminoso a fugir das autoridades.
No caso, a acusação é que Oruam escondeu um suposto traficante de drogas, em fuga da Justiça, em sua mansão, no Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. A decisão da juíza Cláudia Vilibor Breda, da 2ª Vara de Santa Izabel, proferida no dia 20 de fevereiro, autoriza a investigação dos dados telefônicos.
Justiça vai analisar contas em redes sociais
A medida inclui assim o histórico de chamadas, conteúdo de mensagens, bem como chamadas recebidas e efetuadas nos aplicativos WhatsApp e Facebook. Da mesma forma, contempla análise de registros de geolocalização do Google vinculados aos aparelhos celulares do cantor e dados armazenados na nuvem.
Além de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, nome do artista, a polícia deteve Yuri Pereira Gonçalves. O rapaz tem condenação por integrar um grupo criminoso que atua no Complexo da Penha, na capital fluminense.
A jornalistas, Oruam negou principalmente conhecer o traficante que fugia. Sob a identificação de “Batata”, a polícia o procurava por envolvimento com o crime organizado. Investigações apontam para uma participação em disparos de arma de fogo em um condomínio de Igaratá, em São Paulo.
A operação da Polícia Civil resultou na apreensão de uma pistola 9 milímetros. Além disso, foram apreendidos dez armas de airsoft, jóias e celulares na residência do rapper. A mãe do artista, Márcia Nepomuceno, também foi alvo da ação, com telefones apreendidos em sua casa, no Pechincha, em Jacarepaguá.