A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou moção de repúdio contra o filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, 17. Luís Cláudio Lula da Silva é acusado de agredir a ex-mulher, Natália Schincariol.
A nota de repúdio foi apresentada pelas deputadas federais Silvia Waiãpi (PL-AP) e Coronel Fernanda (PL-MT). Elas destacaram que as “agressões são de natureza física, verbal, psicológica e moral” e que os fatos foram “amplamente” divulgados pela imprensa nacional.
O pedido de repúdio também foi assinado pelas deputadas Silvye Alves (União-GO), Franciane Bayer (Republicanos-RS) e Delegada Katarina (PSD-SE) durante a aprovação.
No documento, as deputadas lembram que Natália, que atua como médica, ficou afastada do trabalho por um mês em razão do “trauma causado pelas agressões” e “hospitalizada com crises de ansiedade”.
“O suspeito, ainda, lhe chamou de ‘doente mental’, ‘vagabunda’ e ‘louca’”, destacaram as deputadas, em texto de moção de repúdio. “A vítima também afirma ter sido ‘manipulada’ e ‘ameaçada’ para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que ‘possui influência para se safar das acusações’.”
Justiça determina medidas protetivas contra filho de Lula
De acordo com a defesa de Natália, a Justiça já determinou medidas protetivas contra o filho de Lula, como o afastamento dele da casa onde moravam e a proibição de que ele se aproxime ou tenha contato com ela.
“A moção de repúdio em face de tamanha brutalidade cometida pelo senhor Luís Cláudio Lula da Silva, é o mínimo que se espera de uma comissão tão importante e atuante quanto esta em Defesa dos Direitos da Mulher”, justificam as parlamentares. “Seja a mulher de qualquer religião, escolaridade, cor ou ideologia política.”
Segundo o portal UOL, a defesa do filho de Lula afirmou que as declarações são “fantasiosas”, que as “mentiras” podem configurar crimes de calúnia, difamação e injúria. Os advogados de Luís Cláudio ainda disseram que vão tomar as “medidas legais pertinentes”.