terça-feira, novembro 5, 2024
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Justiça condena Orelha a cinco anos de prisão por ocultar provas

A Justiça do Rio de Janeiro condenou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, por auxiliar os assassinos da vereadora Marielle Franco. Segundo as investigações, ele é responsável por eliminar o carro usado no crime. O veículo era um GM modelo Cobalt. 

A sentença foi proferida pelo juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal. Esta é a primeira condenação relacionada à investigação do atentado. 

Dono de um ferro-velho, Orelha está preso desde o final de fevereiro. A Justiça o sentenciou a cinco anos de prisão por obstruir a investigação de delito envolvendo organização criminosa.

Em agosto de 2023, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) apresentou denúncia. Nela, o Gaeco acusou Orelha de dificultar as investigações e destruir o veículo em um desmanche no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio.

Maxwell Simões Corrêa, o Suel: ex-bombeiro foi, segundo as investigações, quem contratou Orelha | Foto: Reprodução/Redes sociais
O ex-bombeiro Maxwell Corrêa foi delatado por Élcio de Queiroz, um dos executores do crime | Foto: Reprodução/Redes sociais

Ex-bombeiro foi quem contratou Orelha

Orelha tinha relações com Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. A Justiça prendeu a dupla como executora do crime. Conforme a delação premiada de Élcio, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que também está preso, foi quem acionou o dono do ferro-velho para se desfazer do carro.

O juiz escreveu que Orelha “tinha consciência da gravidade das infrações penais que estavam sendo investigadas”. Acrescentou que o réu estava ciente da importância de uma solução rápida pelo Poder Público, especialmente em razão da ampla cobertura midiática do caso. 

A destruição do veículo, segundo o juiz, dificultou as investigações, “reforçando a sensação de impunidade”. O magistrado também afirmou que Orelha agiu com dolo ao obstruir as investigações. Ongaratto disse que ficou comprovado que Orelha sabia do histórico do veículo.

Desde a ocorrência do crime, a Polícia Civil trabalhava para identificar quem era o condutor registrado oficialmente. Os agentes encontraram indícios de que criminosos clonaram o veículo que estava nas ruas desde 2016. Sistemas de vigilância eletrônica registraram, pela última vez, imagens do GM em dezembro de 2018.

Modelo Cobalt da marca GM: carro foi destruído para ocultar provas e dificultar as investigações | Foto: Reprodução/Redes sociais
O Cobalt da GM: quadrilha destruiu carro para ocultar provas e dificultar as investigações | Foto: Reprodução/Redes sociais

Via Revista Oeste

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