sexta-feira, julho 5, 2024
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Justiça condena aluna da USP que desviou R$ 1 milhão da formatura

A Justiça de São Paulo condenou, nesta terça-feira, 2, a aluna da USP que desviou R$ 1 milhão da formatura de medicina. A pena de Alicia Dudy Muller Veiga foi fixada em 5 anos de prisão, pelo crime de estelionato, e indenização integral às vítimas. Ainda cabe recurso. 

A 7ª Vara Criminal da Capital analisou o caso. No entendimento do juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, a condenada aproveitou de seu cargo de presidente da comissão de formatura para exigir da empresa organizadora da festa que pagamentos fossem transferidos para sua conta pessoal. Segundo a Justiça, ela omitiu o fato dos colegas e usou o dinheiro em proveito próprio. 

“A ré se prevaleceu de sua condição de presidente da comissão de formatura para engendrar um plano destinado a se apossar do produto arrecadado ao longo de meses, com a contribuição de dezenas de colegas, a fim de obter lucro para si”, escreveu o magistrado. 

Relembre o caso da aluna da USP que desviou dinheiro da formatura

O campus da Universidade do São Paulo, ladeado de áreas verdes. Há uma enorme pedra fincada perto do centro da imagem
Aluna de medicina da USP disse que investiu dinheiro em corretora golpista | Foto: Divulgação/USP

Em janeiro de 2023, Alicia Dudy Muller Veiga enviou, em um grupo de WhatsApp da faculdade, que havia investido parte do dinheiro da festa em uma corretora. A empresa, na versão da aluna da USP, teria dado um golpe nela. 

Depois da exposição do caso, ela afirmou à polícia que havia investido o valor, mas, por falta de conhecimento em finanças, perdeu o dinheiro. Por causa da dívida, ela teria passado a jogar na loteria, na esperança de restabelecer o valor total inicial. 

No entanto, a investigação e posteriormente a Justiça mostraram que Alicia usou parte do dinheiro para cobrir despesas pessoais. Entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, ela recebeu nove transferências do fundo de formatura em contas próprias, no nome dela. A mando da presidente da comissão, a empresa Ás Formaturas repassou os valores. 

Na lei brasileira, cada uma das transferências classifica-se como um crime diferente. Ao todo, ela poderia enfrentar uma pena de até 36 anos de prisão. A decisão é em primeira instância e cabe recurso ao tribunal superior.

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Via Revista Oeste

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