sexta-feira, novembro 22, 2024
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Justiça acata pedido de recuperação extrajudicial e ajuda Tok&Stok

A varejista de móveis e itens de decoração Tok&Stok obteve na última sexta-feira, 9, pedido de recuperação extrajudicial. 

A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo concordou com a solicitação da empresa, que tem dívida de R$ 642 milhões.

Conforme a decisão, o processo não deve prejudicar clientes, funcionários e fornecedores, uma vez que a maior parte da dívida é com bancos e outras instituições financeiras.

Os principais credores da dívida são Bradesco, Santander, Domus e FS Investments. Essas empresas respondem por 65% das dívidas da companhia e, todas elas, concordaram com o plano de reestruturação.

Empresa de tecnologia pediu a falência da varejista

Tok&Stok
Maioria dos credores da varejista é composta por bancos | Divulgação/Tok&Stok

A Tok&Stok enfrenta problemas financeiros desde 2003, quando chegou a contratar uma consultoria no sentido de reorganizar suas contas.

Em razão da crise no caixa, a varejista deixou de pagar diversos compromissos, entre eles, o aluguel de seus pontos comerciais. Em um dos casos, um shopping de Ribeirão Preto (SP) entrou na Justiça e pediu o despejo da Tok&Stok. 

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Da mesma forma, a varejista enfrentou uma ação judicial em Minas Gerais. Um fornecedor do segmento de tecnologia também recorreu à Justiça para solicitar a decretação de falência ante um débito em atraso no valor de R$ 3,8 milhões.

Concorrente deve assumir controle da Tok&Stok

Fachada da Mobly
Mobly anunciou aquisição de sua então concorrente no Brasil | Foto: Reprodução/Redes sociais

Pouco antes de a Justiça se pronunciar favoravelmente à recuperação extrajudicial, o mercado já noticiava a compra do controle da Tok&Stok pela concorrente Mobly

Parte do mercado acredita, no entanto, que o acerto para a fusão tinha como condicional a resposta positiva da Justiça sobre o pedido de recuperação extrajudicial.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o co-fundador e presidente da Mobly, Victor Noda, disse que  os primeiros ganhos depois da fusão vão ocorrer a partir de negociações com fornecedores.

O executivo citou, ainda,  benefícios como ganhos tributários decorrentes da migração de produtos importados pela Tok&Stok. Afinal, a Mobly já conta como uma estrutura montada na China. 

Outra ideia é reduzir a área de vendas das lojas Tok&Stok, pois haveria ganho de espaço para inclusão de itens da Mobly, ampliando a diversidade de produtos para os clientes.

Via Revista Oeste

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