Em resposta ao indiciamento da Polícia Federal (PF), o empresário Pablo Marçal (PRTB) questionou a “velocidade” da investigação. O influenciador é acusado por uso de documento falso na divulgação de um laudo contra Guilherme Boulos (Psol) por uso de drogas no primeiro turno da eleição.
“É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápida”, disse Marçal, por meio de nota. “Nunca testemunhei uma resposta tão célere em uma investigação como essa.”
Marçal ressaltou que o fato aconteceu no dia 4 de outubro e o indiciamento saiu em apenas 34 dias. Foi um “verdadeiro recorde”, segundo o ex-coach.
“Isso nos leva a crer que, em um tempo ainda menor, seremos declarados inocentes”, acrescentou. “Sigo acreditando na Justiça, no Brasil e, acima de tudo, no nosso povo!”
Relembre divulgação de laudo falso por Marçal
A divulgação do laudo falso foi parte de uma estratégia política de Marçal durante a corrida eleitoral. Na ocasião, o empresário utilizou seu próprio perfil no Instagram para associar Boulos ao uso de drogas.
A Polícia Federal abriu a investigação no sábado, 5, véspera da eleição. A perícia apontou que o documento foi falsificado.
Uma análise feita pela Polícia Civil de São Paulo já tinha confirmado a falsificação do documento.
O prontuário estava com erros de digitação e de informações sobre Boulos. Além disso, era assinado por um médico já falecido.
No domingo do primeiro turno, o desembargador Silmar Fernandes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), disse que se Marçal for condenado pode ter os direitos políticos suspensos, o que o deixaria inelegível.