Rodrigo Amorim (União Brasil), candidato à Prefeitura do Rio, conseguiu reverter a decisão que indeferia sua candidatura. A juíza da 125ª Zona Eleitoral, Maria Paula Galhardo, acolheu um recurso apresentado pelo político, na quinta-feira 5, que contestava a decisão inicial. Essa decisão havia desaprovado a inscrição da chapa e suspendia seu acesso a recursos dos fundos Eleitoral e Partidário, além de exigir a devolução de valores recebidos.
A magistrada inicialmente considerava Rodrigo Amorim inelegível, em virtude de uma condenação por violência política de gênero pela Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro. No entanto, Maria Paula Galhardo reconsiderou e decidiu que a condenação está suspensa, de maneira que agora o político pode concorrer às eleições. Com isso, Amorim volta a ter acesso às verbas e não concorre mais “sub judice”.
A defesa de Rodrigo Amorim
A nova decisão baseia-se na defesa de Rodrigo Amorim e em dois pareceres do Ministério Público do Rio, destacados pelos advogados do candidato. Os documentos mostravam que, enquanto o Tribunal Regional Eleitoral não concluísse o julgamento dos recursos do político contra a condenação, sua candidatura poderia ser deferida.
Em maio, Amorim foi condenado por se referir à vereadora trans Benny Briolly (Psol-RJ) como “belzebu” e “aberração da natureza”. Esse não foi o primeiro episódio polêmico que envolve o candidato à Prefeitura do Rio. Em 2018, ele ganhou notoriedade por quebrar uma placa com o nome de Marielle Franco, assassinada naquele ano.
Na quinta-feira, ao saber do indeferimento de sua candidatura, Rodrigo Amorim gravou um vídeo em frente a uma estátua de Marielle no centro do Rio.