O judoca sérvio Nemanja Majdov, campeão mundial da modalidade, foi suspenso por cinco meses por fazer o sinal da cruz nos Jogos Olímpicos de Paris. Majdov foi acusado de violar o código da Federação Internacional de Judô (IJF), que proíbe exibições religiosas nos tatames.
O gesto foi filmado antes de sua luta contra o grego Theodoros Tselidis, no dia 31 de julho, quando Majdov tocou sua testa, estômago e os ombros, conforme o costume cristão.
A IJF afirmou que Majdov já havia sido advertido em 2018 e 2022 por violações similares ao código de ética da organização. Ele, no entanto, se recusou a pedir desculpas e manteve sua postura religiosa.
Em uma declaração no Instagram, Majdov reafirmou sua fé. Ele disse que “nunca pediria desculpas” por suas crenças. O judoca agradeceu a Deus por sua carreira, que inclui sete medalhas europeias e três mundiais.
“Deus me deu tudo, tanto na minha vida pessoal quanto na minha carreira, e Ele é o número 1 para mim, e me orgulho disso”, disse Majdov. “Isso não vai mudar sob nenhuma circunstância. Glória a Ele e obrigado por tudo.”
Leia mais
A IJF esclareceu que tem tolerância zero para qualquer forma de discriminação e destacou que o campo de jogo deve ser reservado exclusivamente para o judô, regido pelas regras do esporte. Majdov poderá retornar às competições no início de 2025.
Sinal da cruz proibido, Santa Ceia woke permitida
A suspensão de Majdov ocorre em meio a críticas sobre a cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, no fim de julho. Em uma das apresentações, um grupo de drag queens recriou o momento em que Jesus se reúne com seus apóstolos para se alimentar pela última vez.
Na ocasião, a empresa C Spire retirou o patrocínio da Olimpíada de Paris depois da encenação, pois ficaram “chocados com a zombaria” no evento. O governador do Mississipi, Tate Reeves, apoiou a decisão da empresa. “Estou orgulhoso de ver o setor privado do Mississipi tomar uma decisão.”