A Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu neste sábado 7, revisar a nota da final feminina do solo na ginástica artística nas Olimpíadas de Paris. A alteração rebaixou a americana Jordan Chiles para uma posição inferior em relação às romenas Ana Barbosu e Sabrina Maneca-Voinea.
Com a mudança, Jordan Chiles perdeu o bronze e a medalha foi atribuída para Ana Barbosu. No entanto, a decisão final sobre as medalhas será tomada pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). Rebeca Andrade mantém o ouro, e Simone Biles a prata.
Depois da audiência de sábado, o CAS julgou irregular o acréscimo de 0,100 ponto dado à nota de Jordan Chiles, feito por meio de recurso da delegação dos Estados Unidos. Sem esse acréscimo, a ginasta norte-americana ficou em quinto lugar, com 13,666 pontos.
O tribunal suíço afirmou que a irregularidade ocorreu porque o recurso foi apresentado fora do prazo regulamentar de um minuto depois do anúncio da nota.
Por meio de um story no Instagram, Chiles publicou um comunicado ao ser informada da decisão da CAS. “Eu vou tirar um tempo e me afastar das redes sociais pela minha saúde mental, obrigada”, escreveu a ginasta. Em seguida, postou alguns corações partidos.
Ana Barbosu passa nota de Jordan Chiles
Com a nova decisão, Ana Barbosu, que obteve 13,7 pontos, subiu para a terceira colocação no lugar de Jordan Chiles. Sabrina Maneca-Voinea, com a mesma nota, ficou em quarto devido aos critérios de desempate.
A decisão sobre a medalha de Chiles e a entrega do bronze a Barbosu ficará a cargo da Federação Internacional de Ginástica, que organizou a prova nos Jogos Olímpicos.
Crise internacional gerada pela revisão
A revisão gerou uma crise internacional. O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, ameaçou não comparecer à cerimônia de encerramento dos Jogos devido ao suposto erro na arbitragem da ginástica artística.
A ex-ginasta Nadia Comaneci criticou nas redes sociais a decisão dos árbitros, alegando falta de critérios técnicos e contestando publicamente a escolha da medalhista de bronze.