O general da reserva do Exército e pai de Mauro Cid, Mauro César Lourena Cid, prestou depoimento por cerca de duas horas e meia à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (26).
O militar foi interrogado sobre o caso das joias sauditas.
O general chegou acompanhado do advogado Cezar Bittencourt — que também faz a defesa de Mauro Cid — por volta das 14h, na sede da PF, em Brasília.
Mauro Lourena Cid foi alvo de busca e apreensão, em agosto de 2023, na operação que investiga a venda de presentes do acervo da Presidência durante a o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A investigação apontou que o rosto do general aparece no reflexo de uma caixa em foto utilizada para negociar a venda de joias recebidas como presente oficial do governo federal.
A apuração da PF também revela conversas datadas de 4 de janeiro deste ano, nas quais Mauro Cid pede para que o pai tirasse foto das joias.
Em seguida, ele manda as fotos de dois objetos: uma palmeira e um barco dourados.
A apuração tenta descobrir se os valores obtidos da comercialização desses objetos teriam sido convertidos em dinheiro vivo e “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.
Na época, a operação foi batizada como “Lucas 12:2″, em referência a um versículo da Bíblia, cujo trecho diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
Durante a gestão de Bolsonaro, o general da reserva Mauro Lourena Cid ocupou um cargo na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), nos Estados Unidos. No cargo, ele recebia salário de aproximadamente R$ 63 mil.
A CNN tenta contato com a defesa de Mauro Lourena Cid.
Compartilhe: