Proprietário da SAF do Botafogo, John Textor publicou um longo texto no qual aponta supostos erros de arbitragem contra o clube carioca em oito partidas.
Em carta ao público, o norte-americano explica o uso do termo “corrupção” após a derrota para o Palmeiras, em 1º de novembro, pelo Brasileirão. E reforça que não fez acusações de corrupção financeira contra Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, ou outra qualquer pessoa.
De todo modo, Textor reforça que “acredita que a integridade do Brasileirão 2023 foi corrompida”.
Embora eu não tenho feito alegações de corrupção financeira, eu, sim, acredito que a integridade do Brasileirão 2023 foi corrompida por repletos erros e abuso no processo. Também acredito que possamos demonstrar convincentemente que as decisões incorretas de arbitragem resultaram na redução de pontos do Botafogo (e de outros) e na adição de pontos em rivais diretos
John Textor, dono da SAF do Botafogo
O documento publicado por John Textor pode ser lido na íntegra, em inglês, clicando aqui.
John Textor foi suspenso por 30 dias pelo STJD após as declarações contra o Palmeiras. O presidente da CBF também entrou na Justiça contra o norte-americano.
Agora, no texto publicado em 24 de novembro, John Textor faz uma explicação sobre o uso da palavra “corruption” (corrupção) em inglês. “Corrupção é a perversão da integridade, a alteração de algo de seu curso original ou estado, para a distorção ou corrupção do que era pretendido” (tradução livre).
Textor segue e cita os casos globais de corrupção no futebol internacional e as investigações do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre apostas em resultados esportivos, em maio de 2023.
Por fim, John Textor publica um documento no qual contesta uma série de decisões tomadas pela arbitragem durante o Campeonato Brasileiro. O empresário alega que o relatório já estava sendo preparado antes da partida contra o Palmeiras, inclusive com conversas privadas e troca de correspondências com a CBF.
As análises foram realizadas com a utilização do método “REF-EVAL”, que pertence à consultoria Good Game!. De acordo com a empresa, o método foi desenvolvido ao longo de 15 anos de análise em performance de dados de jogadores e árbitros, e fornece respostas corretas em 99% dos casos.
Segundo as análises, o Botafogo, ao longo das 33 rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro, teria alcançado 68 “pontos justos”. Ou seja, oito a mais do que a pontuação real naquele momento. Já o Palmeiras, que alcançou 62 pontos após 34 rodadas, teria 50 pontos como “justos”.
A diferença acontece com a correção das decisões incorretas da arbitragem. Os jogos, os lances analisados e as justificativas estão disponíveis aqui.
- 22ª rodada: Botafogo x Flamengo: “Dois gols mal validados do Flamengo, resultado na vitória por 1 a 0”
- 24ª rodada: Corinthians x Botafogo: “Expulsão ‘questionável’ de Marçal, do Botafogo, aos 23 minutos na derrota”
- 30ª rodada: Palmeiras x Bahia: “Gol mal validado e expulsão incorreta resultam na vitória do Palmeiras”
- 30ª rodada: Botafogo x Cuiabá: “Erro do VAR no gol do Cuiabá resulta na derrota por 1 a 0”
- 31ª rodada: Botafogo x Palmeiras: “Expulsão inválida permite Palmeiras reagir e vencer o Botafogo”
- 32ª rodada: Palmeiras x Athletico: “Óbvio cartão vermelho não dado em vitória do Palmeiras”