Pesquisadores estão analisando uma série de artefatos associados a um antigo jogo de tabuleiro datado de cerca de 2000 a.C. Segundo eles, este é um dos objetos do tipo mais antigos já encontrados e pode revelar pistas de como os humanos interagiam há milhares de anos.
Jogo pode não ter surgido no Egito
- Um grupo de arqueólogos encontrou seis desenhos esculpidos nas superfícies de rochas em vários locais na Península de Abşeron e na Reserva Gobustan, ambas no Azerbaijão.
- Eles concluíram que estas marcas serviam como tabuleiro para o jogo conhecido como “58 buracos”.
- Os locais, no entanto, desafiam as supostas origens do jogo.
- Isso porque até agora se pensava que ele teria surgido no antigo Egito.
- Esta questão segue sem resposta, mas os pesquisadores fizeram outras descobertas importantes.
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Importância para as interações sociais no período
Em estudo publicado no European Journal of Archaeology, os pesquisadores concluíram que os artefatos do Azerbaijão provavelmente foram usados por pastores de gado e até por pessoas da elite do período. Por isso, a equipe afirmou que os jogos antigos eram uma excelente maneira de forjar laços sociais.
Em certos momentos da antiguidade, jogos específicos eram populares regionalmente, sugerindo que eles ajudavam a conectar culturas que interagiam regularmente umas com as outras. É o caso do “58 buracos”, que provavelmente serviu a esse propósito no segundo milênio antes de Cristo no Egito e no sudoeste da Ásia, uma vez que era o único jogo em toda a região.
De acordo com o trabalho, “a rápida disseminação deste jogo atesta a capacidade dos jogos de atuar como lubrificantes sociais, facilitando as interações através das fronteiras sociais”.