Para o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, “jogar está em segundo plano”. É a resposta à oferta da estrutura de treinos e jogos oferecidas por outros clubes ao Tricolor gaúcho. Guerra entende que o momento é para “salvar vidas”. Ele foi entrevistado na CNN Brasil, nesta quarta-feira (8).
Guerra também disse que não é possível estimar os prejuízos do time com as estruturas do CT e Arena do Grêmio tomadas pela água.
“Agradeci aos clubes, entendo a disponibilidade, o carinho, veio de coração, mas acho que mostra como eles não sabem o que a gente está passando. Pode beneficiar para junho. Em junho, certamente, o Grêmio não mandará jogos na Arena; o Inter, provavelmente, no Beira-Rio”, comentou Guerra.
São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Corinthians e Atlético-MG ofereceram os centros de treinamentos e estruturas para que os times gaúchos pudessem dar continuidade nos trabalhos. Até o dia 27 de maio, os jogos de gaúchos de todas as divisões, categorias e gêneros foram adiados. A Conmebol também adiou as partidas da Sul-Americana e Libertadores de Internacional e Grêmio, respectivamente.
“Como vou dizer agora para os jogadores ‘vamos nos reunir na semana que vem, vamos a São Paulo treinar, tem jogo’. Não tem espaço para isso, beira o absurdo”, questionou o presidente.
“O clube não são só os jogadores até porque eles estão mobilizados e preocupados com dezenas de funcionários que perderam tudo. É uma medida simpática, mas que não é para agora. Não é para se pensar a curto prazo”, explicou sobre a recusa em primeiro momento.
“Jogar está completamente em segundo plano. Estamos na etapa de salvar vidas, de conseguir água para beber, uma luz para carregar um celular. Depois vamos ver onde jogar e treinar, mas isso é em um segundo momento”, finalizou.
Outros clubes ofereceram parte ou a totalidade da renda líquida de partidas e também tem feito campanhas de arrecadação de doações para o Rio Grande do Sul.