O jogador de futebol Lucas Duarte Almeida, de 20 anos, suspeito de agressão e estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos, se apresentou à polícia na tarde de sexta-feira, 26. Com um mandado de prisão em aberto, o atleta estava foragido.
Imagens mostram Lucas chegando à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), no bairro Carlos Prates, em Belo Horizonte, por volta das 16h desta sexta-feira. Usava capuz, máscara e boné.
O jogador prestou depoimento por cerca de duas horas e foi levado ao Instituto Médico-Legal da capital mineira. De lá, foi transferido para a Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves.
Os suspeitos de agressão e estupro
Lucas e outros dois jovens, ambos de 19 anos, são suspeitos de agredir e estuprar a adolescente. Em abril, a mãe da vítima procurou a delegacia, relatando que a filha chegou em casa muito machucada.
A vítima conhecida tanto o jogador quanto os cúmplices. No dia da violência, a adolescente foi voluntariamente para a casa de um dos suspeitos. Ela iniciou uma relação sexual consensual com Lucas, mas, durante o ato, os outros dois jovens entraram no quarto sem permissão.
Clube se manifesta, sobre o jogador
Conhecido como Lucão, Lucas joga nas categorias de base do Esporte Clube Taubaté, em São Paulo. Em entrevista à TV Globo, a defesa afirmou que o jogador se apresentou à polícia porque “tem uma vida ilibada” e “não tem nada a temer”. A defesa argumenta que as relações foram consensuais e que mais detalhes serão fornecidos à Polícia Civil para não prejudicar as investigações.
O Esporte Clube Taubaté, em nota, lamentou o ocorrido e se colocou à disposição para esclarecimentos. Informou que o contrato de Lucas, que termina na próxima semana, não será renovado. O clube repudiou a atitude e declarou não compactuar com esse tipo de comportamento.
Versão da polícia e depoimentos dos suspeitos
A Polícia Civil concluiu que Lucas chamou os outros dois jovens e os incentivou a agredir a vítima. “Ele, inclusive, mostrava como a vítima deveria ser agredida”, explicou a delegada Letícia Muller ao portal g1. “O corpo dela ficou totalmente marcado, porque foram desferidos diversos socos, principalmente na costela, no abdome e nas costas.”
A delegada afirmou que o estupro foi filmado por Lucas e que as imagens foram compartilhadas com os outros dois suspeitos. Depois do crime, a vítima foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal, onde as lesões foram confirmadas. Após a família procurar a polícia, os suspeitos ameaçaram divulgar as imagens nas redes sociais.
Os dois cúmplices, de 19 anos, foram presos preventivamente na quinta-feira 25, nos bairros Coqueiros e Palmares, em Belo Horizonte. Eles disseram à polícia que foram convidados por Lucas a entrar no quarto e participar das relações com a vítima.