O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cometeu um erro durante discurso no encerramento da Cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ele chamou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “Putin”, que é presidente da Rússia. A cena ocorreu nesta quinta-feira, 11.
O equívoco se deu enquanto Biden apresentava Zelensky ao público. O líder norte-americano rapidamente percebeu o erro e se corrigiu.
“E agora quero passar a palavra para o presidente da Ucrânia, que tem tanta coragem quanto determinação”, disse Joe Biden. “Senhoras e senhores, presidente Putin.”
Reação de Joe Biden e Zelensky à gafe
“Presidente Putin?”, indagou o presidente dos EUA. “Ele vai derrotar o presidente Putin! Presidente Zelensky! Estou tão focado em derrotar Putin que temos de nos preocupar com isso.”
Logo depois da correção, Biden cumprimentou Zelensky, que comentou, aos risos: “Sou melhor”.
No palco, 32 aliados e líderes estrangeiros estavam presentes para anunciar apoio ao “Pacto da Ucrânia”.
A Rússia, liderada por Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. A ação resultou no maior conflito entre nações na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Contexto da Cúpula da Otan e a guerra na Ucrânia
Depois da gafe, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu Biden. “Deslizes acontecem, e, se você sempre monitora todo mundo, você encontrará muitos deles”, afirmou Scholz. “Mas isso não muda nada do que o presidente dos EUA declarou muito claramente em seu discurso.”
A confusão de Joe Biden surge em meio a uma crescente pressão dentro do partido Democrata contra sua candidatura à reeleição. Mais de dez parlamentares pediram sua desistência.
Os democratas questionam a aptidão física e mental dele, em razão da idade avançada e do desempenho insatisfatório no debate contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump. Na ocasião, ele aparentou dificuldades para falar e certa confusão.
Ainda nesta quinta-feira, Biden deve conceder uma coletiva de imprensa pela primeira vez desde o debate. É o momento para o chefe da Casa Branca tentar convencer seus partidários de que pode continuar na disputa.