O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deverá permanecer no cargo. A informação foi divulgada pelas agências Reuters e Bloomberg, citando fontes próximas ao governo federal.
A pressão para demitir Prates teria diminuído nos últimos dias, e o executivo vai ficar no comando da Petrobras “ao menos por enquanto”, segundo quanto relatado por uma fonte do Executivo que preferiu falar sob sigilo.
Prates parecia ter seu destino já selado quando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu existir divergências com com o presidente da Petrobras em entrevista à Folha de S.Paulo.
Apoio de Haddad e senadores manteve Prates na Petrobras
Entre as razões que explicam a manutenção de Prates estão as resistências da equipe econômica ao nome de Aloizio Mercadante para substituí-lo no comando da Petrobras.
Um dos defensores de Prates foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o considera como um “aliado”.
Haddad e Mercadante têm divergências profundas sobre a condução da política econômica, e por isso o ministro apoiou a permanência de Prates.
Além, disso, a movimentação “açodada” de Mercadante, nos bastidores, teria irritado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mercadante teria conversado sobre a crise na Petrobras tanto com Prates como com assessores da cúpula do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Lula não gostou da atitude.
Após a divulgação da notícia, as ações da Petrobras registraram uma forte alta, apoiadas também pela alta do petróleo, com a PETR4 que subiu 2,22%, cotada a R$ 39,59, e a PETR3 que ganhou 3,02%, cotada a R$ 41,00.