O Japão anunciou, na última semana, que pretende incluir as baleias-comuns na lista de espécies liberadas para a caça comercial. Com a medida, subiria para quatro o número de espécies caçadas nas águas do país – que, atualmente, são as baleias-de-bryde, baleias-sei e baleias-de-minke.
Entenda:
- O Japão anunciou que pretende adicionar as baleias-comuns à lista de espécies sujeitas à caça comercial no país;
- A lista já contava com as baleias-de-bryde, baleias-sei e baleias-de-minke;
- Com a diminuição das populações de baleia-comum no século XX, a espécie está sob ameaça de extinção e luta até hoje para se recuperar;
- Em março, o Japão já havia anunciado um novo navio baleeiro capaz de manusear grandes espécies;
- A medida foi fortemente criticada por agentes de preservação ambiental, e sua aprovação ainda depende de uma consulta pública;
- As informações são do Live Science.
A baleia-comum é a segunda maior entre as espécies de baleia, ficando atrás apenas da baleia-azul. Apesar de serem encontradas em todos os oceanos da Terra, suas populações diminuíram drasticamente no século XX por conta da caça comercial, e até hoje a espécie luta para se recuperar, conforme divulgado pela International Whaling Commission (IWC), órgão regulador de atividades baleeiras.
Caça de baleias-comuns é “retrocesso” na proteção dos oceanos
“As baleias são recursos alimentares importantes e devem ser utilizadas de forma sustentável, com base em evidências científicas”, explicou Yoshimasa Hayashi, Ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, em uma coletiva de imprensa. Em março, o país anunciou o Kangei Maru, novo navio baleeiro capaz de manusear grandes espécies.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), as baleias-comuns estão sob ameaça de extinção mundial, apesar de só terem entrado para a lista em 2018. Segundo a IWC, a falta de dados impossibilita decretar, atualmente, a situação das baleias-comuns no Pacífico Norte.
Sem essas informações, agentes de preservação ambiental temem que a decisão do Japão cause um “terrível retrocesso” na proteção oceânica, como explica Clare Perry, da Environmental Investigation Agency, do Reino Unido, em um comunicado. A decisão ainda depende de uma consulta pública para ser aprovada.