A primeira-dama Janja Lula da Silva já passou 130 dias no exterior desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No total, foram 30 viagens e visitas a 35 países, segundo levantamento do site Poder360. Somente em 2025, ela já esteve fora do país por 27 dias.
Já Lula passou 106 dias fora do Brasil desde o início do mandato. Em 2025, foram 18 dias no exterior. A próxima viagem já tem data: ele embarca para a França na noite de 3 de junho e retorna em 9 de junho.
Janja acompanhou o presidente em todas as viagens internacionais de 2023, sem compromissos próprios. Em 2024, participou de quatro eventos como representante oficial do governo. A única ausência foi na visita ao Chile, em agosto de 2023.
AGU cobra transparência nos gastos de Janja
Em abril, a Advocacia-Geral da União publicou uma instrução normativa proibindo formalmente cônjuges do presidente de assumirem compromissos oficiais em nome do Brasil. Além disso, o órgão recomendou transparência nos gastos das viagens.
No entanto, o próprio texto, assinado pelo ministro Jorge Messias, reconhece que a atuação de Janja tem “natureza jurídica própria” e permite atividades de caráter “social, cultural, cerimonial, político e diplomático”.
Neste ano, Janja viajou oficialmente para Roma e Paris. Na Itália, participou da 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, entre 11 e 13 de fevereiro, ao lado do ministro Wellington Dias. A missão custou ao menos R$ 260 mil.
Na França, representou o governo na Cúpula Nutrição para o Crescimento, entre 26 e 30 de março. As diárias da primeira-dama e de sua comitiva de cinco assessores somaram, no mínimo, R$ 18 mil.
Nas outras viagens realizadas em 2025 – Japão, Vaticano, Rússia e China – a primeira-dama acompanhou a comitiva presidencial ou viajou antes. Segundo Janja, antecipou a ida a Tóquio para reduzir custos com passagens. Em maio, embarcou para Moscou a convite do governo russo, quatro dias antes de Lula.