O meia James Rodríguez foi peça fundamental na vitória da Colômbia por 2 a 1 sobre o Paraguai na noite desta terça-feira (24) em partida válida pelo grupo D da Copa América, o mesmo do Brasil. O camisa 10 colombiano deu os passes para os dois gols da equipe Cafetera. A vitória colocou os colombianos na liderança da chave.
No primeiro gol, o de Muñoz, James fez um cruzamento perfeito da esquerda que encontrou de maneira precisa a cabeça do lateral-direito. Já no segundo gol, com a bola parada, o meia bateu a falta pra área com capricho e o zagueiro Lema subiu alto para desviar pro fundo do gol.
A participação poderia ter sido ainda maior se os companheiros tivessem aproveitado as outras chances criadas por James ou se o próprio jogador tivesse convertido as finalizações a gol. O desempenho do jogador do São Paulo foi recompensado com o prêmio de melhor jogador da partida e também com as críticas positivas dos comentaristas e torcedores.
A performance de James na partida desta terça gerou muitos comentários entre os torcedores são-paulinos e também na crônica esportiva brasileira. Por que o craque colombiano não consegue ter o mesmo desempenho que tem na seleção pelo Tricolor?
James Rodríguez (São Paulo) x James Rodríguez (Colômbia)
O atleta de 32 anos chegou ao São Paulo em julho do ano passado cercado de expectativas. Praticamente um ano depois, a realidade no clube paulista é de frustrações, pouca utilidade e polêmicas. James participou de 22 jogos com a camisa são-paulina, anotou dois gols e deu passe para outros quatro.
A titularidade, antigo desejo do torcedor, passou longe de se concretizar com todos os técnicos que dirigiram o colombiano na equipe. Dorival Júnior, Tiago Carpini e o atual treinador, Luís Zubeldía, nunca viram no jogador – apesar da notória habilidade – a intensidade e comprometimento necessários para assumir um lugar no time. Atualmente, o status de James no clube é de “jogador disponível para ser negociado”.
O cenário é completamente diferente do encontrado por James Rodríguez na Seleção. Titular absoluto do elenco selecionado pelo técnico Néstor Lorenzo, o camisa 10 é o pilar da equipe e tem o sistema de jogo formado em torno de seu futebol. O resultado se traduz nos números atuando pela Colômbia. Desde que chegou ao São Paulo, o meia disputou seis jogos, marcou um gol e deu quatro assistências.