Foram pouco mais de 20 minutos de atuação com passes precisos, tabela e assistência para gol de Luciano e, claro, o próprio gol. James Rodríguez reestreou pelo São Paulo em alta e abriu caminho para retomada no clube.
O meia colombiano de 32 anos foi um dos grandes nomes da vitória de 3 a 0 do Tricolor sobre a Inter de Limeira, nessa quarta-feira (28), na Arena Mané Garrincha, em Brasília, capital federal, pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
Ele entrou na partida no lugar de Lucas, até então a solução de Thiago Carpini para a criação do time. Nos primeiros toques, no entanto, o ex-jogador do Real Madrid mostrou que ele pode fazer esse papel na medida que retomar a melhor condição física.
Com passes rápidos e curtos, James entrou em campo procurando jogo e virou o cérebro da criação tricolor. Teve o primeiro grande momento na tabela com Luciano, que resultou no segundo gol da equipe, aos 40 minutos. Pouco depois, caiu pela direita e quase fez o dele, com um belo chute colocado.
Mas, aos 44, o quase se transformou em realidade quando completou de cabeça o rebote de uma linda jogada individual de Luciano. Na comemoração, tirou a camisa e mostrou a parte de trás do uniforme. Estavam lá o número 55 e, logo abaixo, o nome James. Um ato que parecia uma apresentação à torcida para o recomeço.
“O importante é que ele ficou. A atuação dele foi muito satisfatória”, disse o técnico Thiago Carpini. “Foi um cara muito importante, decisivo. Na medida que for tomando a melhor condição física, vai ser um cara que vai ajudar muito”, acrescentou o treinador.
James ficou no São Paulo depois de um começo de ano turbulento. Ele iniciou a temporada fazendo um “trabalho de controle de carga”, como era informado pelo clube. Buscava, ali, atingir a melhor forma física.
Algo que, na visão da comissão técnica, não estava acontecendo. James se irritou e pediu para deixar o São Paulo. Depois, voltou atrás. Pediu desculpas, contou com o azar do colega e volante Luiz Gustavo se machucar e foi inscrito no Paulistão.
Na primeira oportunidade que teve, justificou o peso do seu currículo e saiu ovacionado da Arena Mané Garrincha, um estádio que carrega o nome de quem se acostumou a tratar bem a bola – assim como o colombiano o faz.