sexta-feira, setembro 20, 2024
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J. Borges: exposição no Rio celebra obra do pernambucano, morto nesta sexta (26)

O artista pernambucano J. Borges, que morreu na manhã desta sexta-feira (26) aos 88 anos, está em exposição no Museu do Pontal, no Rio de Janeiro.

São mais de 200 peças do artista, considerado um mestre da xilogravura brasileira, expostas em diferentes espaços do museu, dentre gravuras, matrizes e cordéis de sua autoria.

A exposição “J. Borges: O sol do Sertão” teve início em 29 de junho deste ano e deve seguir em cartaz até 30 de março de 2025. A entrada é gratuita. 

“J. Borges e suas fantásticas criações ocupam duas galerias do mezanino, parte do foyer e da galeria principal, em diálogo com o acervo de arte brasileira do Museu do Pontal. No jardim interno, um mural de 24 m² exibe uma de suas criações mais populares. A Asa Branca, xilogravura inspirada pela música de Luís Gonzaga, reproduzida no Museu pelo artista Pablo Borges, filho do mestre”, diz o site do museu, localizado na Barra da Tijuca.

Mais informações sobre a exposição no site do Museu do Pontal.

Conheça a vida e obra de J. Borges

Xilogravurista, poeta e cordelista, Borges se dedicou à cultura popular por mais de seis décadas, e já teve suas obras expostas em museus como o Louvre e o Museu de Arte Moderna de Nova York.

O pernambucano foi internado na semana passada para receber algumas medicações na veia, porém havia sido liberado e retornado para casa. Segundo a família, ele morreu nesta sexta (26) de “causas naturais”.

Nascido em Bezerros em 20 de dezembro de 1935, José Francisco Borges trabalhou na lavoura, foi pedreiro, carpinteiro, pintor de parede e vendedor durante a infância e adolescência. Frequentou a escola por apenas 10 meses, quando tinha 12 anos, e já se encantava com a arte do cordel.

J. Borges começa a usar a técnica da xilogravura para ilustrar os próprios cordeis / Instagram/ Exposição J. Borges no Centro Cultural FIESP

Mas foi apenas depois dos 20 que decidiu começar a escrever os próprios folhetos — o primeiro, “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina”, vendeu mais de cinco mil exemplares em apenas dois meses. Logo ele se iniciou na técnica da xilogravura, para que pudesse fazer as próprias ilustrações para as capas dos cordéis.

Ao longo de sua vida, conquistou diversos prêmios, como a comenda da Ordem do Mérito Cultural, o prêmio UNESCO na categoria Ação Educativa/Cultural e o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, além de viajar o mundo divulgando a cultura popular nordestina brasileira.

Via CNN

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