A população de Israel, por todo o país, fez um minuto de silêncio às 11 horas da manhã desta terça-feira, 7, em homenagem às vítimas dos ataques do Hamas em 7 de outubro, que completaram um mês.
O minuto de silêncio deu início às cerimónias durante o dia inteiro, segundo informou o jornal The Times of Israel. Ao contrário do que ocorre no Dia da Memória do Holocausto e do Memorial Day (relativo às vítimas de guerras), não houve sirene.
Isto para não confundir a população que ainda está em alerta em relação ao lançamento de mísseis, sempre feito por meio das sirenes. Foguetes desde a Faixa de Gaza, lançados pelo Hamas, e da fronteira Norte, pelo Hezbollah, continuam caindo sobre o território israelense.
Depois do silêncio, as bandeiras de Israel foram baixadas a meio mastro e os enlutados cantaram o hino nacional, Hatikvah.
“Israel inteiro ainda está de luto por essas mortes tão terríveis”, afirma a brasileira Michal Wertman, que mora em Ashkelon. “E também não se fala em outra coisa senão na libertação dos reféns, há uma angústia muito grande entre todos, para saber como estão. São como familiares.”
Todos os participantes traziam uma fita amarela em solidariedade aos prisioneiros detidos nos ataques. Isso também ocorreu na campanha de 2008 por informações e pela liberdade do então prisioneiro Gilad Shalit, um soldado das Forças de Defesa de Israel (FDI) detido em Gaza entre 2006 e 2011.
Na Universidade Bar Ilan foram lançados 242 balões amarelos, um para cada refém conhecido ainda sob controle do Hamas.
Parlamento também fez homenagem às vítimas
Dentro do Knesset (Parlamento), pela manhã, as sessões do comitê foram interrompidas às 11 horas, também com um minuto de silêncio, e vários ministérios realizaram seus próprios serviços memoriais.
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Entre os cerca de 1,4 mil mortos na invasão dos terroristas, 349 são de soldados, policiais, agentes do Shin Bet e membros da equipe de segurança civil. Eles receberam homenagem no Salão da Memória do Estado no Monte Herzl, o maior cemitério militar de Israel. Os seus nomes foram gravados em um memorial.
Nos muros da Cidade Velha de Jerusalém, os rostos dos reféns detidos em Gaza foram projetados. Na cidade de Ra’anana, foi rezado o Yzkor, reza dos enlutados, velas foram acesas e os participantes encerraram a cerimônia cantando o hino.
Noutras partes do país, os movimentos juvenis terão aulas e atividades relacionadas ao tema, e as escolas e universidades irão realizar as suas próprias cerimônias.
Às 18 horas,houve uma grande manifestação em cada uma das praças centrais das grandes cidades. Tel-Aviv também prestou homenagem, com um serviço memorial realizado no Centro Cultural de Tel Aviv, acompanhado por a Orquestra Filarmônica.