domingo, novembro 24, 2024
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Israel salva menina sequestrada pelo Estado Islâmico há 10 anos

Uma missão internacional rara e complexa libertou a jovem yazidi Fawzia Amin Saydo, que foi sequestrada pelo Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês) há 10 anos. A operação teve colaboração de Israel, Estados Unidos, Iraque e Jordânia.

A mulher, hoje com 21 anos, foi levada de volta ao Iraque depois de anos de cárcere.

Fawzia foi sequestrada quando tinha 10 anos pelos militantes do ISIS na sua cidade natal de Sinjar, no Iraque, junto de dois irmãos mais novos, que conseguiram escapar.

A jovem, no entanto, foi mantida como escrava sexual e passou por anos de abuso físico e emocional.

Em 2015, ela foi levada para Raqqa, na Síria, onde foi forçada a se casar com um palestino de 24 anos que era membro do Estado Islâmico.

“Ele me disse que eu tinha que dormir com ele”, disse Fawzia ao Voice of America. “No terceiro dia, ele foi até uma farmácia e trouxe uma droga que adormece parte do corpo. Ele me deu a droga e eu chorei.”

Durante os anos que passou sob o domínio do Estado Islâmico, Fawzia deu à luz dois filhos. Mesmo sendo abusada repetidamente pelo marido, ela decidiu se focar em cuidar das crianças.

Com a derrota territorial do ISIS em 2018, a jovem perdeu contato com seu sequestrador, que fugiu para a província de Idlib, na Síria, e foi reportado como morto no início de 2019.

Os líderes Yazidis não recebiam em seu território filhos das mulheres sequestradas com os terroristas do Estado Islâmico.

Sem poder retornar à sua comunidade yazidi no Iraque, onde seus filhos não seriam aceitos, Fawzia decidiu se mudar para Gaza, em 2020, para viver com a família do marido, que continuou os abusos.

A situação de Fawzia em Gaza se tornou insustentável, especialmente depois dos ataques do Hamas a Israel em 7 outubro.

Por isso, ela decidiu fugir e voltar para sua família no Iraque, ainda que isso significasse deixar seus filhos para trás.

O ativista da ONG Liberation of Christian and Yazidi Children do Iraque, Steve Maman, disse que este caso foi, de longe, o mais difícil em que ele já trabalhou.

Via Revista Oeste

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