No dia em que se completaram seis meses desde os ataques de 7 de outubro a Israel, as Forças de Defesa israelenses retiraram todas as suas tropas terrestres na parte sul da Faixa de Gaza, na manhã deste domingo, 7. Apenas uma brigada permaneceu para proteger um corredor que divide o enclave palestino, conta o The Times of Israel.
Pressão sobre o primeiro-ministro Netanyahu
A guerra, deflagrada em 7 de outubro, quando membros do grupo terrorista Hamas invadiram o sul de Israel e mataram cerca de 1,2 mil pessoas, entra agora em uma nova etapa. Rafah é considerada o último bastião do Hamas e abriga um quarto dos combatentes do grupo extremista.
Os terroristas também sequestraram 250 pessoas, das quais 129 permanecem detidas em Gaza, depois de uma trégua no fim de novembro, por troca de reféns por prisioneiros. Do total de 129, se incluem 34 que teriam morrido, segundo as autoridades israelenses.
As ações lançadas por Israel para desmantelar o grupo deixaram pelo menos 33.175 mortos em Gaza, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território, governado pelos terroristas do Hamas desde 2006. Nenhuma autoridade oficial teve até agora acesso ao número de vítimas palestinas.
Os Estados Unidos se opõem a uma ofensiva em Rafah pelo fato de que, na região, se encontram cerca de 1 milhão de refugiados, vindos de outras áreas atacadas anteriormente.
O prolongamento da ofensiva tem, entretanto, minado a força do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Cresce a pressão para que ele liberte os reféns e até renuncie, diante da falta de êxito na negociação de uma trégua.
Na noite de sábado, 6, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram para exigir sua renúncia em Tel Aviv. Neste domingo, em Jerusalém, a multidão ultrapassou os 50 mil manifestantes, que se juntaram a familiares e amigos de reféns, para exigir a imediata liberação deles.