Israel intensificou os ataques no Oriente Médio neste domingo, 29, com bombardeios no Líbano, deixando mais de 100 mortos e 359 feridos. Ataques também foram direcionados contra os houthis no Iêmen, aliados do Hamas.
Nesta noite de domingo — madrugada de segunda-feira 30, no horário local —, as forças militares de Israel realizaram seu primeiro ataque ao centro de Beirute. Até então, os bombardeios estavam restritos aos subúrbios do sul da capital do Líbano.
A ofensiva aérea de Israel em Kola, no coração de Beirute, destruiu um prédio de apartamentos, com explosões audíveis por toda a cidade. Fontes de segurança relataram à Reuters e AFP que pelo menos duas pessoas morreram.
O cruzamento de Kola, uma área movimentada da capital libanesa, viu parte de um edifício ser destruído. Imagens mostraram dois andares completamente devastados e um vídeo registrou espectadores correndo para o local, onde havia um corpo mutilado na calçada.
O ataque gerou incertezas sobre quais partes de Beirute ainda poderiam estar seguras. Até o momento, as forças de defesa de Israel não se pronunciaram sobre o incidente.
Escala da violência entre Israel e Líbano
Os ataques de Israel ao Líbano aumentaram nas últimas semanas, visando líderes do Hezbollah. No sábado 28, Israel anunciou a morte do terrorista Sayyed Hassan Nasrallah, líder do grupo, e no domingo 29, comunicou a morte de Nabil Kaouk.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, mais de mil pessoas foram mortas e 6 mil ficaram feridas nas últimas duas semanas. Cerca de 1 milhão de pessoas deixaram suas casas, representando um quinto da população.
O Papa Francisco criticou as ofensivas, afirmando que “vão além da moralidade”. Joe Biden, presidente dos EUA, ao ser questionado sobre a possibilidade de evitar uma guerra total, respondeu: “Deve ser evitada. Realmente deve ser evitada”.