Israel vai reabrir um corredor de evacuação para civis de Gaza neste domingo, 5. A informação foi dada pelo porta-voz árabe das Forças de Defesa de Israel (FDI), Avichay Adraee, segundo noticiou o jornal Israel Hayom.
Os militares irão permitir o movimento para o sul através da rua Salah-al-Din, a princípio, entre 10 horas e 14 horas locais.
No sábado 4, terroristas do Hamas, conforme informaram as FDI, dispararam morteiros e mísseis antitanque contra militares israelenses, durante a janela humanitária aos residentes da Faixa de Gaza.
“O Hamas quer manter os escudos humanos para os seus combatentes e líderes”, disse Adraee.
Com essa situação controlada até o momento, o porta-voz, na sua conta do Twitter/X, pediu aos civis “que aproveitem a próxima vez para se moverem para o sul, além de Wadi Gaza” e que sigam as instruções das FDI.
A permissão para a passagem de civis é algo que depende da aprovação de Israel, mas passa também por iniciativas de outros países envolvidos nas negociações, observou o cônsul de Israel em São Paulo e região Sul do Brasil, Rafael Erdreich.
“Passa também pela aprovação dos Estados Unidos, Egito, e outros Estados como Catar que estão direcionados a esses propósitos de liberar a passagem de civis. Israel dá o aval, mas não é o único.”
Em nota, a embaixada de Israel no Brasil afirmou que não se deve acreditar em informações de um grupo terrorista que comete atrocidades, como o Hamas.
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“O Hamas está atrasando a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza e os utiliza de maneira desumana para se apresentarem como vítimas”, declarou a embaixada. “O Estado de Israel está fazendo absolutamente tudo que pode e que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível.”
Segundo a representação diplomática “qualquer outra afirmação está errada e é fruto de fake news ou desinformação sobre essa complexa e desumana situação criada exclusivamente pelo Hamas”.
Desde o início das incursões e dos bombardeios israelenses, por causa dos ataques do Hamas em 7 de outubro, entre 800 mil e um milhão de pessoas fugiram do norte de Gaza. Alguns civis ainda se recusam a sair, receosos com atividades das FDI no sul.