Israel confirmou nesta terça-feira, 22, que matou Hashem Safieddine. O alvo seria o sucessor de Hassan Nasrallah na chefia do grupo terrorista Hezbollah.
A notícia amplia a lista de líderes inimigos eliminados pelos israelenses e cujos nomes foram divulgados nas últimas semanas. Na relação estão Yahya Sinwar, número um do Hamas, e Mohammed Deif, do braço armado também do Hamas, entre outros.
Líder do Hezbollah estava desaparecido
Primo de Nasrallah, Safieddine estaria incomunicável desde os bombardeios no Líbano, no início de outubro, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF). Contudo, não há informações concretas sobre quando ele morreu.
Israel eliminou Nasrallah em um ataque aéreo contra instalações do Hezbollah em Beirute, em 27 de setembro. Ele era o chefe do grupo extremista desde 1992 e, principalmente, um dos rostos que mais apareciam em público para representar o movimento terrorista.
Terrorista desempenhava múltiplas funções
Safieddine pertencia à mesma família que Nasrallah e comandava o conselho executivo do grupo. Cabia a ele, assim, cuidar de assuntos financeiros e administrativos, antes dos ataques israelenses.
O libanês participava do conselho da Jihad, bem como era responsável por parte das atividades militares do Hezbollah. Ele foi a primeira autoridade do grupo a falar em público depois que o Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
Líder ocupava importante posição social
Safieddine, que vem de uma relevante família xiita libanesa, nasceu no sul do país, uma região predominantemente xiita.
Ele estudou em seminários religiosos na cidade iraniana de Qom antes de regressar ao Líbano na década de 1990 para assumir responsabilidades de chefia no grupo.
O terrorista manteve estreitos relacionamentos com os apoiadores do Hezbollah no Irã. Seu filho casou-se com a filha do general iraniano Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã.
Soleimani foi morto por um ataque de drone dos EUA em Bagdá, em 2020. Seu irmão, Abdullah, atua como representante do Hezbollah em Teerã.