As Forças Armadas de Israel (FDI) encontraram, na sexta-feira 24, quatro corpos de reféns em um túnel localizado no campo de refugiados Jabalia, na Faixa de Gaza. O túnel, que foi localizado “sem querer” tinha dez metros. As informações, deste sábado, 25, são do jornal O Globo.
“Não sabíamos que havia uma cova ali”, relatou o tenente-coronel Almong Rotem ao portal Israel Hayom. “Quem encontrou foi o líder da equipe, o sargento Roy Beit Yaakov. A equipe dele havia completado o objetivo no local, mas ele decidiu permanecer naquela casa.”
“Investigou mais profundamente, moveu alguns móveis e descobriu o espaço”, continuou Rotem. “Depois, comunicou os parceiros pelo rádio, e na sequência engenheiros de combate subterrâneo de elite foram enviados à casa para a inspeção.”
Um agente entrou no túnel depois das equipes terem limpado ao redor, retirando eventuais riscos de explosão. A ideia da missão era “localizar e enfrentar” membros do grupo terrorista Hamas.
No entanto, depois de algumas escavações, os militares israelenses encontraram os corpos dos reféns Shani Louk, 23 anos; Amit Buskila, 28; Itzhak Gelernter, 58; e Ron Benjamin, 53. Os quatro foram levados para o local em 7 de outubro, quando o Hamas bombardeou Israel e deixou 1,1 mil pessoas mortas. Na ocasião, o grupo armado sequestrou 250 pessoas.
“Conseguimos recuperar quatro corpos de reféns, foi uma conquista significativa”, continuou o tenente-coronel. “Ninguém está mais orgulhoso do que nós por tê-los trazido para sepultamento em Israel.”
“É triste encontrar um corpo no lugar de uma pessoa viva, mas saber que há quatro famílias israelenses que suportaram oito meses de incertezas, e que pudemos lhes proporcionar um pouco de consolo em meio a este pesadelo, é uma boa sensação”, declarou.
Israel vs Hamas: um dos corpos dos reféns no túnel era de DJ que apareceu em vídeo
Shani, um dos corpos encontrados na sexta-feira, é a DJ alemã que aparece em vídeos nas redes sociais, seminua, na traseira de uma caminhonete conduzida por homens armados. A mulher foi uma das primeiras reféns a ser identificada. A mãe dela, Ricarda Louk, a reconheceu na gravação.
Na ocasião, uma das tias da jovem relatou que um fragmento do crânio da DJ foi recolhido no local onde ela foi atacada, em uma rave. Segundo o jornal Wall Street Journal, especialistas analisaram o material genético e comprovaram ser de Shani.