Israel e o grupo terrorista Hamas estão finalizando os termos de um acordo de cessar-fogo que pode ser anunciado ainda nesta terça-feira, 14. A apuração é do The Wall Street Journal.
O movimento aumenta as esperanças de interrupção nos combates na Faixa de Gaza. Além disso, com um possível acordo, alguns reféns poderiam ser libertados pelo Hamas.
Segundo o jornal, os negociadores — incluindo Steve Witkoff, enviado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, autoridades de Israel e países árabes — se reuniram ao meio-dia (horário local) em Doha, no Catar. O objetivo do encontro foi finalizar o rascunho de um acordo que está ajudando a mediar as negociações.
Autoridades de Israel e membros do Hamas estavam no mesmo local, mas não na mesma sala. Segundo autoridades árabes, as mensagens entre o país e o grupo terrorista estavam sendo trocadas por meio de mediadores.
As partes teriam concordado com os pontos maiores do acordo, mas ainda estariam trabalhando em parte da linguagem. Os dois lados alertaram para o fato de que a negociação pode fracassar.
“Hoje, estamos mais próximos do que nunca de um acordo”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari. “Acreditamos que estamos nos estágios finais, mas, até que obviamente haja um anúncio, não haverá nenhum anúncio.”
Um oficial israelense disse ao jornal que esta foi a rodada mais séria de negociações entre Israel e o Hamas desde o acordo de reféns em novembro de 2023. “Estamos perto”, afirmou. “Não chegamos lá.”
O Hamas também declarou que o acordo estava em “estágios finais”. O líder do grupo terrorista em Gaza, Mohammed Sinwar, também teria concordado com os termos durante a noite.
Hospitais de Israel se preparam para receber reféns
Hospitais israelenses estão se preparando para receber os reféns que ainda estão em Gaza. A expectativa é que muitos estejam em situação crítica devido à falta de comida, de higiene e a maus-tratos. A libertação das vítimas deve acontecer ao longo de várias semanas.
Qualquer acordo ainda precisaria ser aprovado pelo gabinete de segurança de Israel e pelo governo do país.
Segundo o The Wall Street Journal, o primeiro estágio do acordo interromperia os combates em Gaza e permitiria a libertação de alguns prisioneiros palestinos mantidos em Israel. Em troca, 33 reféns israelenses deixariam Gaza.
No rascunho do acordo, constam na lista de reféns do Hamas mulheres, crianças, pessoas com ferimentos graves e acima de 50 anos. O Hamas também entregaria alguns corpos.