As Forças Armadas de Israel anunciaram, nesta segunda-feira, 16, que alcançaram “controle aéreo total sobre Teerã”. Segundo o porta-voz militar, brigadeiro-general Effie Defrin, a força aérea destruiu “mais de 120 lançadores de mísseis terra-terra do regime iraniano”, o equivalente a um terço do total. Só na noite anterior, foram mais de 20 destruídos “minutos antes” de serem usados contra Israel.
A ofensiva aérea de Israel mobilizou cerca de 50 caças e atingiu aproximadamente 100 alvos militares em Isfahan, no centro do Irã. Os bombardeios miraram instalações de armazenamento de mísseis, lançadores e centros de comando.
O conflito, que entra no quarto dia, já deixou 22 mortos e 592 feridos em Israel, segundo autoridades locais. No Irã, fontes de saúde informam 224 mortos e 1,2 mil hospitalizados desde o começo dos ataques.
Irã intensifica ataques contra civis e infraestrutura de Israel
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que os moradores de Teerã “pagariam o preço em breve”. Ele acrescentou que não há intenção de atingir civis, mas que “terão que evacuar suas casas em áreas onde será necessário atacar alvos do regime”.
Mísseis iranianos atingiram as cidades israelenses de Tel Aviv e Haifa, o que causou a morte de ao menos oito pessoas e deixou cerca de cem feridas. Além disso, prédios residenciais, a rede elétrica de Tel Aviv e áreas próximas ao consulado dos Estados Unidos sofreram danos.
O Irã informou que cerca de cem mísseis foram disparados contra o território israelense. Em resposta, mísseis israelenses atingiram o Ministério da Defesa iraniano e um prédio do Ministério das Relações Exteriores. No entanto, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que vai dar uma “resposta firme”.
Netanyahu fala em “holocausto nuclear”
Neste domingo, 15, ataques israelenses em Teerã mataram o chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Kazemi, e outros membros da cúpula militar. Segundo uma fonte militar israelense ouvida pela agência AFP, os ataques reduziram pela metade o número de mísseis disparados contra Israel.
“Estamos a caminho de alcançar nossos dois principais objetivos: eliminar a ameaça nuclear e eliminar a ameaça dos mísseis”, afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante visita a uma base aérea. Em entrevista à emissora norte-americana Fox News, ele disse que a ofensiva visa impedir “um holocausto nuclear”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país pode se envolver no conflito, mas não detalhou como nem quando. Ele também afirmou que Israel e Irã deveriam negociar um acordo. Segundo a agência Reuters, Trump vetou um plano israelense para matar o aiatolá Ali Khamenei.