O exército israelense demoliu um prédio em um subúrbio de Beirute nesta terça-feira, 22, onde estariam abrigadas instalações do Hezbollah.
O ataque ocorreu algumas centenas de metros de distância do local onde um porta-voz do Hezbollah havia acabado de informar jornalistas sobre um ataque de drones no fim de semana que danificou a casa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
O ataque aéreo ocorreu 40 minutos depois de Israel emitir um alerta de evacuação para dois prédios na área que, segundo as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês), eram usados pelo Hezbollah.
A coletiva de imprensa do Hezbollah nas proximidades foi interrompida, e um fotógrafo da Associated Press capturou a imagem de um míssil indo em direção ao prédio momentos antes de ele ser destruído. Não há relatos de vítimas.
Um outro ataque aéreo israelense na noite de segunda-feira, 21, em Beirute destruiu vários prédios do outro lado da rua do maior hospital público do país, matando 18 pessoas e ferindo pelo menos outras 60.
O exército israelense disse que atingiu um alvo do Hezbollah, sem dar mais detalhes, e disse que não tinha como alvo o hospital.
O Ministério da Saúde do Líbano informou nesta terça-feira que 63 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, elevando o número de mortos no último ano de conflito entre Israel e o Hezbollah para 2.546.
Secretário de Estado dos EUA visita Israel
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se encontrou na terça-feira com Netanyahu como parte de sua 11ª visita à região desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
Após a eliminação do líder do Hamas, Yahya Sinwar, por parte de Israel na semana passada, Blinken está tentando reavivar os esforços para garantir um cessar-fogo em Gaza.
Até momento, todavia, tanto Israel quanto o Hamas parecem recusar essa possibilidade.
Netanyahu chamou seu encontro com Blinken, que durou mais de duas horas, de “amigável e produtivo”.
Além de Israel, a visita de Blinken à região provavelmente incluirá paradas na Jordânia, Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos.
O Departamento de Estado informou antes da visita de Blinken que ele se concentraria em acabar com a guerra em Gaza, garantir a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e aliviar o sofrimento dos civis palestinos.
Há meses os Estados Unidos, o Egito e o Catar estão levando adiante negociações entre Israel e o Hamas, tentando alcançar um acordo no qual os militantes libertariam dezenas de reféns em troca do fim da guerra, um cessar-fogo duradouro e a libertação de prisioneiros palestinos.
Todavia, tanto Israel quanto o Hamas acusaram um ao outro de fazer novas e inaceitáveis exigências durante o verão, e as negociações foram interrompidas em agosto. O Hamas diz que suas exigências não mudaram após a morte de Sinwar.