As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram neste sábado, 5, a morte do refém israelense Elad Katzir. Ele foi capturado pelo grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro, no kibutz Nir Oz.
As autoridades israelenses afirmam que Katzir foi assassinado pela Jihad Islâmica Palestina (PIJ), outro grupo terrorista aliado do Hamas, em janeiro último. O corpo dele, que tinha 47 anos e era agricultor, foi encontrado na cidade de Khan Younis, na Faixa de Gaza.
Katzir também era um apaixonado por futebol e era muito ligado ao Maccabi Haifa, seu clube de coração. Muitas fotos dele com a camisa da agremiação foram publicadas nas redes sociais.
O comunicado também foi assinado pelo Shin Bet (Agência de Segurança de Israel) que, segundo o The Jerusalem Post, se baseou em fontes de inteligência confiáveis.
O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, anunciou a morte de Katzir em uma postagem no Twitter/X neste sábado à tarde (horário local). Ao compartilhar a dor com a família, ele garantiu que o retorno dos reféns é prioritário.
“A missão nacional diante dos nossos olhos é devolver todos os sequestrados para casa”, declarou na postagem. “As FDI e o Shin Bet trabalham em estreita colaboração e em total coordenação com os órgãos nacionais e de segurança relevantes, a fim de cumprir esta missão, e não desistirão até que esta seja concluída.”
Críticas ao atual governo de Israel
A irmã de Katzir, Carmit, ressaltou que ele foi assassinado no cativeiro em janeiro, depois de suportar tortura física e mental durante meses.
Ela fez críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
“O porta-voz das FDI não lhe dirá que o primeiro-ministro, o gabinete e as FDI não têm ideia de onde a maioria dos reféns, vivos e assassinados, estão sendo mantidos”, declarou à imprensa. “Ele também não lhe dirá que eles não têm como proteger os reféns, mesmo quando sabem onde estão.”
Segundo Carmit, uma nova trégua que envolvesse a troca de reféns o salvaria, assim como salvou sua mãe, Hanna, libertada em 24 de novembro durante paralisação temporária dos combates, para a troca de reféns por prisioneiros palestinos. O pai, Avraham, foi morto no dia dos ataques.
“Elad foi sequestrado vivo de sua casa em Nir Oz e foi fotografado duas vezes enquanto estava em cativeiro”, lamentou a irmã. “Ele poderia ter sido salvo se um acordo tivesse acontecido a tempo. A nossa liderança é covarde e movida por considerações políticas, e é por isso que [um acordo] não aconteceu.”
Israel declarou que pelo menos 35 reféns foram mortos no cativeiro de Gaza, dos cerca de 130 que estão ainda sob controle dos terroristas. Alguns foram vítimas de “fogo amigo” mas a maioria, segundo o governo israelense, foi morta em cativeiro.
Sobre Katzir, as FDI foram enfáticas na análise da circunstância da morte.
“Elad Katzir foi assassinado por seus captores”, declarou a entidade. “Sabemos disso através de informações confiáveis do Shin Bet e da Unidade de Inteligência Militar. Estamos nos esforçando para ter informações sobre todos os reféns. Não temos de todos.”