O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou, nesta segunda-feira, 18, que um ataque israelense em outubro danificou um componente do programa nuclear iraniano. Essa ação foi uma resposta ao lançamento de 200 mísseis de Teerã contra Tel-Aviv em 1º de outubro.
Netanyahu disse que, embora o ataque tenha danificado parte do programa, a capacidade geral do Irã não foi totalmente comprometida. A operação foi planejada com o objetivo de evitar uma escalada militar mais ampla na região.
Israel garantiu aos Estados Unidos que suas ações não atingiriam as principais instalações nucleares iranianas. A informação busca manter a contenção e evitar conflitos maiores que envolvessem outros países.
Durante o mesmo discurso, Netanyahu abordou a situação com o Hezbollah no Líbano, ao afirmar que, mesmo com um possível cessar-fogo, Israel continuará suas operações contra o grupo terrorista para garantir a segurança nacional.
“O mais importante não é o acordo que será colocado no papel”, afirmou Netanyahu. “Seremos forçados a garantir nossa segurança no norte e realizar sistematicamente operações contra os ataques do Hezbollah, mesmo depois de um cessar-fogo.”
Israel quer permitir a volta de cidadãos às suas casas
Israel está determinado a garantir a segurança no norte do país e permitir que cerca de 60 mil habitantes deslocados retornem às suas casas. Desde setembro, as forças israelenses intensificaram ataques aéreos e terrestres contra posições do Hezbollah.
A ofensiva busca neutralizar ameaças e estabilizar as regiões afetadas. Em um ataque em Beirute, Mohammad Afif, chefe de comunicação do Hezbollah, foi morto. Ele era conselheiro de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, morto em setembro.
O bombardeio atingiu escritórios do partido Ba’ath, no bairro de Ras al-Nabaa, e feriu três pessoas. Afif havia afirmado que o Hezbollah tinha recursos para manter um “conflito prolongado” com Israel, o que aumentou as tensões.
Segundo o Ministério da Saúde libanês, bombardeios israelenses em Beirute mataram cinco pessoas e feriram 24. É o terceiro ataque em dois dias nos distritos centrais.