O governo de Israel afirmou nesta sexta-feira 3 que só aceitará um cessar-fogo na Faixa de Gaza se o Hamas liberar os 242 reféns sequestrados no dia 7 de outubro.
A declaração foi dada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
“Israel recusa um cessar-fogo temporário que não inclua o regresso dos nossos reféns”, disse Netanyahu. Antes, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant já havia feito afirmação neste sentido.
Segundo as autoridades israelenses, seria importante o mundo pressionar o grupo terrorista, já que foi ele que tomou a iniciativa do sequestro, o que provocou a atual situação.
Os dados sobre o número de sequestrados obtidos por Israel decorrem de uma investigação do próprio país.
Para o cônsul de Israel em São Paulo e Região Sul do Brasil, as decisões do Hamas são influenciadas pelo Irã. E a liberação de reféns também passará pelo aval do país árabe.
“Não veremos o Irã entrar na guerra, eles estão enviando armamentos, treinando grupos palestinos para fazerem o trabalho por eles”, declarou o diplomata. “A dimensão do conflito é mais ampla.”
A posição do governo israelense, de vincular o cessar-fogo à liberação dos reféns, foi mantida durante a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
O secretário norte-americano ressaltou o apoio do país a Israel e pediu uma pausa humanitária nos ataques, preocupado em preservar os civis palestinos.
Em encontro com Netanyahu, Blinken reiterou a posição americana de considerar legítima a defesa de Israel contra o grupo terrorista.
Blinken voltou a repudiar as ações atrozes do Hamas no ataque ao território israelense. E admitiu que a situação se tornou complexa para as Forças de Defesa de Israel.
“O fato de o Hamas usar cinicamente, monstruosamente e deliberadamente as pessoas como escudos humanos torna isto incrivelmente desafiador.”