quinta-feira, novembro 21, 2024
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Irã registra ato para comemorar tomada da embaixada dos EUA

Milhares de pessoas se reuniram em Teerã, neste domingo, 3, para o 45º aniversário da Crise dos Reféns. Naquele dia, a Embaixada dos EUA no Irã foi tomada, o que levou ao rompimento das relações entre as duas nações.

A manifestação ocorreu em frente ao antigo prédio onde ficavam os representantes do governo norte-americano.

Bandeiras iranianas e palestinas, além de símbolos do Hezbollah, foram agitadas pelos manifestantes. “Morte a Israel, morte aos Estados Unidos”, gritavam, em frente à antiga embaixada, que agora é um museu.

O ato contou com a presença de líderes militares iranianos. Entre eles, Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã.

Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica | Foto: Reprodução/Governo do Irã
Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica | Foto: Reprodução/Governo do Irã

O Irã e a tomada da embaixada dos EUA

Em 4 de novembro de 1979, milhares de pessoas invadiram a Embaixada dos EUA em Teerã. Os invasores eram seguidores do aiatolá Ali Khomeini, líder que havia retornado ao país naquele mesmo ano para comandar uma revolução que tomou o poder local.

Por ocasião da invasão, 52 diplomatas foram mantidos reféns por 444 dias. Em troca da libertação, os iranianos exigiram a extradição do monarca deposto, o xá Mohamed Reza Pahlavi — o que nunca aconteceu. O ato levou ao corte oficial das relações entre os países em 1980.

Pessoas manifestam-se durante o 45º aniversário da expulsão dos EUA do Irã, em Teerã - 3/11/2024 | Majid Asgaripour/Wana/Reuters
Pessoas manifestam-se durante o 45º aniversário da expulsão dos EUA do Irã, em Teerã – 3/11/2024 | Majid Asgaripour/Wana/Reuters

Antes de Khomeini, a população iraniana vivia em um regime pró-ocidental. Depois da tomada do poder, o país se tornou uma teocracia islâmica. O regime imposto no Irã até os dias de hoje persegue opositores e homossexuais, além de tratar as mulheres como cidadãs de segunda classe e se opor aos EUA.

Via Revista Oeste

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