O Irã encomendou da China milhares de toneladas de um composto químico usado como propelente de mísseis balísticos. A informação foi divulgada pelo Wall Street Journal, que apontou uma possível ampliação da capacidade militar iraniana.
O material deve chegar nos próximos meses e vai servir para a fabricação de cerca de 800 mísseis balísticos. Fontes disseram ao jornal que parte da carga pode ir para aliados da República Islâmica, como os rebeldes houthis, no Iêmen.
O Irã tenta recompor seu arsenal em meio às negociações com o governo dos Estados Unidos sobre seu programa nuclear. Teerã também segue aumentando os estoques de urânio enriquecido, em níveis próximos ao grau militar.
Oman apresentou, no sábado 31, a proposta americana de um novo acordo nuclear. O país atua como mediador entre o ministro iraniano Abbas Araqchi e o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Depois de cinco rodadas de negociações, permanecem divergências importantes. O Irã se recusa a suspender o enriquecimento de urânio em seu território. O país também rejeita enviar para o exterior seu estoque da substância altamente enriquecida, material necessário para construir armas nucleares.
“Nosso regime não vai abandonar o enriquecimento de urânio”, disse, no começo da semana, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ao rejeitar uma das exigências dos EUA.