Não há dúvidas sobre a importância dos oceanos para o equilíbrio climático na Terra. No entanto, os governantes mundiais parecem não estar tão dispostos a investir na preservação deles. Isso fica claro ao analisar o resultado da nona conferência mundial “Nosso Oceano”.
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Oceanos estão em risco
Participaram do evento, realizado em Atenas, na Grécia, delegações de cerca de 120 países do mundo. Ao final dos trabalhos, foram anunciadas iniciativas com valor total superior a US$ 10 bilhões (pouco mais de R$ 52 bilhões).
O montante é quase a metade do proposto na reunião anterior, no Panamá, em março de 2023. Na ocasião, os participantes prometeram investir US$ 19 bilhões (mais de R$ 100 bilhões) em iniciativas de pesca sustentável, combate à contaminação, segurança marítima e áreas protegidas.
Segundo o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, neste ano foram mais de 400 compromissos assumidos. Os anúncios “demonstram que temos a vontade política para agir e só trabalhando junto com os governos, as empresas e a sociedade civil” poderemos “fazer frente a este desafio global” de “proteger nossos oceanos”, disse ele.
Nesta edição, a Grécia, anfitriã do encontro, decidiu dar ênfase a quatro temas: turismo sustentável nas áreas costeiras, transporte marítimo verde, redução de plásticos e microplásticos marinhos e transição verde no mar Mediterrâneo. Estão em andamento 21 iniciativas com um orçamento de 780 milhões de euros (R$ 4,36 bilhões) para proteger a biodiversidade marinha grega. As informações são da Exame.
Esforços podem ser insuficientes
- Durante a conferência, diversos participantes alertaram para os sinais de socorro enviados pelos oceanos nos últimos meses.
- A temperatura das águas, por exemplo, atingiu níveis recordes e está causando uma série de efeitos que podem ser catastróficos para o ambiente marinho.
- A superexploração e a contaminação dos oceanos também foi discutida.
- A “Nosso Oceano” é a única conferência a tratar de todos os temas vinculados ao oceano ao mesmo tempo e foi organizada pela primeira vez em 2014.
- Na oportunidade os países participantes se comprometeram a investir cerca de US$ 130 bilhões (mais de R$ 684 bilhões) para protegê-los.
- Desde lá, no entanto, os valores liberados só diminuíram.