O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou o inquérito das “milícias digitais” por mais 180 dias, nesta segunda-feira, 10.
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes, prorrogo por mais 180 dias a presente investigação”, determinou o magistrado. “Ciência à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se à autoridade policial.”
Mais cedo, o delegado Fábio Alvarez Shor, da Polícia Federal, fez o pedido de prorrogação ao juiz do STF, sob justificativa de precisa de mais tempo para encerrar os trabalhos.
Atualmente, o inquérito das milícias reúne as principais investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro: suposta tentativa de golpe de Estado, venda de joias recebidas pela Presidência e fraude em carteirinha de vacina.
Como surgiu o inquérito das milícias digitais
A investigação das supostas milícias digitais começou em julho de 2021, a partir do compartilhamento do material juntado no âmbito do inquérito dos “atos antidemocráticos”, que acabou arquivado, depois de pedido da Procuradoria-Geral da República.
Moraes, contudo, autorizou o intercâmbio de provas entre as investigações e mandou rastrear o que chamou de “organização criminosa”.