A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) foi acionada pela Polícia Federal (PF) para cumprir uma ordem de prisão contra dois brasileiros no Líbano suspeitos de serem ligados ao grupo terrorista Hezbollah.
Eles teriam planejado atos de terrorismo no Brasil. E possuem dupla nacionalidade, brasileira e libanesa, segundo apuração da TV Globo. A PF fez os pedidos de prisão depois de receber informações da inteligência de outros países.
A divisão antiterrorismo da Polícia Federal em Brasília recebeu alertas de que vários brasileiros com passagem criminal estavam sendo aliciados e contratados pelo Hezbollah no Líbano para fazer ataques à comunidade judaica no Brasil.
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Por terem cidadania libanesa, eles não podem ser presos no Líbano com mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira. Eles poderão ser presos se saírem do território libanês para outro país ou retornarem ao Brasil.
Os investigadores também descobriram que alguns brasileiros do grupo fizeram viagens recentes a Beirute, capital do país, para se reunirem com o Hezbollah, e até definiram valores pela atuação em ataques terroristas. Eles também teriam combinado lista de endereços a serem atacados, além do recrutamento de outros executores.
Polícia Federal prende 2 terroristas do Hezbollah que planejavam ataques no Brasil
Nesta quarta-feira, 8, a Polícia Federal prendeu dois brasileiros ligados ao grupo terrorista libanês Hezbollah em São Paulo. Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte.
“Os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo”, disse a Polícia Federal em um comunicado.
As penas máximas para os crimes chegam a 15 anos e seis meses de prisão. Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, e são inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto.