No dia seguinte à eleição histórica na Argentina, interlocutores de Javier Milei têm apostado no que chamam de “posição pragmática” do presidente eleito na relação com o Brasil.
A avaliação é que Milei será forçado a mudar de postura em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), levando em conta, principalmente, a parceria comercial entre os dois países.
Enquanto candidato, Milei chegou a dizer que sairia do Mercosul e não se reuniria com Lula, a quem chamou de comunista e corrupto.
O presidente eleito, no entanto, deu exemplos de seu pragmatismo durante a campanha para o segundo turno da eleição. Em busca de apoio na corrida contra Sérgio Massa, mudou de postura em relação a Mauricio Macri e Patricia Bullrich.
Além disso, há o entendimento de que Guillermo Francos, braço-direito de Milei e provável ministro do Interior, terá papel fundamental na relação com o Brasil.
Em entrevista ao analista de política da CNN Caio Junqueira, na semana passada, Francos afirmou que a relação entre Brasil e Argentina sempre será positiva.
“Estamos destinados a sermos sócios permanentes. Não teremos problema com isso”, afirmou.
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