Uma análise de inteligência artificial (IA) sugere a autenticidade da imagem do rosto Jesus Cristo no Sudário de Turim, conhecido como Santo Sudário. Pesquisadores do Istituto di Cristallografia, na Itália, realizaram uma nova análise de raios-X a qual infere que o pedaço de tecido pode realmente datar da era do Messias. O estudo, publicado na revista Heritage, propõe que o sudário tenha cerca de 2 mil anos.
Durante séculos, o Sudário de Turim foi considerado por muitos fiéis como a relíquia que mostra a face de Jesus. Uma análise da década de 1980 sugeriu que o pedaço de pano poderia ser uma falsificação do século XIV. Contudo, a recente publicação nega essa hipótese.
Nova análise de Inteligência Artificial sugere autenticidade histórica
A pesquisa foi feita em uma pequena amostra do Sudário, atualmente guardado na Catedral de São João Batista, em Turim, Itália. Os pesquisadores afirmam, no entanto, que suas conclusões dependem de o sudário ter sido mantido em condições específicas por 13 séculos, antes de seu aparecimento nos registros históricos em 1354.
Quem liderou o estudo foi o professor italiano Liberato de Caro, que identificou semelhanças entre o Sudário de Turim e um tecido encontrado em Masada, Israel, entre 55 e 74 d.C. De Caro também apontou a presença de partículas de pólen do Oriente Médio nas fibras do sudário.
Tecnologia de IA gera novas imagens
A partir dessas novas informações, tecnologias avançadas de IA, como as empregadas pela plataforma Midjourney, geraram imagens vívidas do rosto impresso no sudário. Uma dessas imagens apresenta características que remetem fortemente às representações tradicionais de Jesus na arte, como o cabelo longo e a barba.
Embora a autenticidade do Sudário de Turim seja um tema de debate há séculos, a Igreja Católica não se pronuncia oficialmente sobre sua veracidade. Contudo, diversos pontífices, incluindo o Papa Francisco, já trataram o sudário como uma relíquia sagrada. O argentino inclusive fez uma peregrinação a Turim em 2015 para rezar diante do tecido.