Representantes de institutos meteorológicos e geológicos do Brasil se reuniram na quinta-feira 9 para avaliar riscos de nova frente fria que chega ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 10.
O documento foi assinado por profissionais do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
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Segundo a nota, a partir desta sexta-feira, a frente fria ficará parcialmente parada sobre a região central do Rio Grande do Sul. Com isso, até segunda-feira, 13, as chuvas serão mais intensas na metade leste e nordeste do Estado, incluindo a Região Metropolitana de Porto Alegre, onde estão algumas bacias de captação do lago Guaíba.
Os acumulados de chuva neste período poderão superar os 150 mm, o que pode agravar ainda mais a situação da região.
Na segunda-feira, a previsão indica a passagem de uma nova frente fria mais intensa sobre a Região Sul do Brasil, “incluindo a possível formação de um ciclone extratropical nas proximidades da costa, o que pode causar o incremento dos ventos do setor leste”, diz o documento.
A partir de terça-feira, 14, a entrada de uma massa de ar frio e seco irá provocar queda nas temperaturas. As rajadas de vento devem continuar dificultando o escoamento das águas.
Risco de novas inundações no Rio Grande do Sul
Segundo os especialistas, a velocidade e a direção dos ventos deixam o Guaíba com uma “tendência leve de subida”.
“Ao longo dos próximos dias, a volta da chuva para a região metropolitana e norte do Rio Grande do Sul pode aumentar o volume de água que chega nesse rio”, alertam os institutos.
A chuva volumosa prevista para os próximos dias deve atingir as bacias hidrográficas mais próximas à Região Metropolitana de Porto Alegre, como as dos rios Gravataí, rio dos Sinos e rio Caí.
Além disso, no decorrer dos próximos dias, a direção dos ventos sobre a Lagoa dos Patos dificultará o escoamento das águas, o que aumenta o risco de inundação dos municípios da região de Pelotas, Rio Grande e arredores.
A nota pede ainda “atenção redobrada” à bacia do rio Uruguai e seus afluentes, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, que devem continuar subindo pelos próximos dias.