domingo, novembro 24, 2024
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Inseto comedor de plástico é descoberto e pode virar o jogo

O acúmulo de plástico na natureza é um grande problema. E a solução pode estar em um pequeno inseto recém descoberto no Quênia. Segundo pesquisadores, a larva-da-farinha pode mastigar o poliestireno e hospedar bactérias em seus intestinos que ajudam a quebrar o material.

Comumente conhecido como isopor, este é um material plástico amplamente utilizado em embalagens alimentícias, eletrônicas e industriais. Ele é difícil de quebrar e, portanto, durável. Já os métodos tradicionais de reciclagem são caros e podem criar poluentes.

Esta é a primeira espécie nativa da África capaz de tal façanha

Durante experimento que durou de mais de um mês, pesquisadores alimentaram as larvas apenas com poliestireno ou com farelo (um alimento rico em nutrientes). A terceira opção foi uma combinação das duas anteriores.

O resultado é que os insetos que receberam poliestireno e farelo sobreviveram em taxas mais altas. Além disso, conseguiram comer o plástico de forma mais eficiente.

Larva-da-farinha foi analisada por pesquisadores em novo estudo (Imagem: Ian Roscoe/Shutterstock)

Segundo os pesquisadores, embora a dieta com apenas poliestireno tenha mantido as larvas vivas, elas não absorveram nutrientes suficientes para quebrar o poliestireno. Essa descoberta reforçou a importância de uma dieta balanceada para que os animais consumam e degradem o plástico de maneira ideal.

Ainda de acordo com os cientistas, os insetos podem estar comendo o poliestireno porque ele é composto principalmente de carbono e hidrogênio, o que pode fornecer uma fonte de energia. As informações foram publicadas no The Conversation por Fathiya Khamis, cientista do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos do Quênia.

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Inseto pode ajudar a diminuir quantidade de plástico no planeta (Imagem: MOHAMED ABDULRAHEEM/Shutterstock)

Bactérias seriam responsáveis pela capacidade de comer plástico

  • O estudo ainda identificou que as entranhas de larvas alimentadas com poliestireno contêm níveis mais altos de Proteobacteria e Firmicutes, bactérias que podem se adaptar a vários ambientes e decompor uma ampla gama de substâncias complexas.
  • A abundância destas bactérias indica que elas desempenham um papel crucial na quebra do plástico.
  • Isso pode significar que a larva-da-farinha pode não ter naturalmente a capacidade de comer o material.
  • Em vez disso, quando eles começam a ingerir plástico, as bactérias em seus intestinos podem mudar para ajudar a quebrá-lo.
  • Essas descobertas apoiam a hipótese de que o intestino de certos insetos pode permitir a degradação do plástico.
  • Por isso, pesquisadores defendem que isolar essas bactérias e as enzimas produzidas por elas pode ajudar a criar soluções microbianas para degradar os resíduos plásticos em maior escala.

Via Olhar Digital

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