quarta-feira, julho 3, 2024
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Inmet divulga impacto do fim do El Niño e possível La Niña

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou na quarta-feira um relatório que aborda previsões e impactos do fim do fenômeno meteorológico El Niño e possível La Niña no Brasil. O estudo foi realizado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre.

Segundo o relatório, desde junho de 2023, as temperaturas da superfície do mar indicaram um padrão típico do El Niño, com uma faixa de águas quentes no Oceano Pacífico Equatorial. Em agosto, essa área mostrou sinais de movimentos irregulares, com nuvens profundas associadas ao El Niño. Classificado como moderado a forte, o fenômeno teve impactos significativos em diferentes regiões do país.

O padrão atual das temperaturas da superfície do mar no Pacífico Equatorial está próximo da média climatológica, que indica condições de neutralidade e descaracteriza o El Niño. Segundo o relatório, a maioria dos modelos climáticos indica para essa neutralidade e anomalias inferiores a 0,5°C na superfície do mar.

Projeções do International Research Institute for Climate and Society indicam a possibilidade de formação da La Niña no segundo semestre de 2024, com 69% de probabilidade. De junho de 2023 a abril de 2024, o Monitor de Secas mostrou mudanças na situação de seca no Brasil, influenciadas pelo El Niño.

Efeito do fim do El Niño nas regiões do Brasil

Na região Norte, áreas com seca aumentaram e a gravidade passou de fraca a extrema em algumas áreas. No Sul, áreas com seca moderada a extrema desapareceram gradualmente.

No Nordeste, áreas com seca grave retrocederam a partir de março de 2024, com o fim do El Niño. De março a abril, houve redução da gravidade da seca em várias áreas, como sudoeste do Amazonas, noroeste e norte de Mato Grosso, e interior do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Alagoas.

Entretanto, persiste a seca extrema em áreas do interior do Amazonas e oeste de Mato Grosso, e seca grave em Roraima, interior do Amazonas, sul de Rondônia, norte e sul de Mato Grosso, e interior do Tocantins. No Sul, houve eventos de inundação de grande magnitude em maio, que caracteriza o maior desastre por inundação no Rio Grande do Sul.

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No Sudeste, estações em situação de estiagem foram observadas na Bacia do Rio Doce com o fim do El Niño. No Rio Paraíba do Sul, embora a situação seja de normalidade, as vazões estão em recessão.

Na Bacia do Rio Paraguai, a seca persiste na principal estação de monitoramento, Porto Murtinho. Na Região Norte, as vazões estão em elevação nos rios afluentes do Rio Amazonas ao noroeste da bacia, e em recessão nos rios ao sul.

De acordo com o Inmet, na Bacia do Rio Acre, as vazões estão em níveis normais, mas com tendência de estiagem. Na Bacia do Rio Branco, houve reversão da estiagem para normalidade. Na Bacia do Rio Madeira, as cotas estão próximas ou abaixo da mínima histórica.

No Nordeste, a Bacia do Rio São Francisco apresenta a maioria das estações em estiagem. No Centro-Oeste, com o período seco, a maioria das estações na Bacia do Rio Tocantins está em estiagem, e aquelas em condição de normalidade estão em recessão.

Via Revista Oeste

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